São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2010

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Peça é um desdobramento do prazer da relação, afirma Babenco

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Hector Babenco já trabalhou com atores como Meryl Streep e Jack Nicholson. Em filmes como "Pixote" (1981), "O Beijo da Mulher Aranha" (1985) e "Carandiru" (2003), construiu sua reputação de cineasta realista e autoral. Leia trechos da entrevista do diretor à Folha. (MK)

Folha - Como "Hell" se inscreve no contexto de sua obra? Hector Babenco - Hell é a mulher impossível, vejo-a com a fascinação que tenho pelas pessoas que saíram da normalidade. Gosto de mulheres assim, meus personagens masculinos geralmente se parecem mais comigo. É como se eu procurasse a insensatez na mulher porque o homem já é sensato por si.

E trabalhando com sua mulher, como está se saindo?
É óbvio que, quando um diretor de cinema mora com uma atriz, ambos querem fazer algo juntos. Há um momento em que o fascínio impera. É o desdobramento do prazer da relação. Um desejo de explorá-la, no sentido de abrir uma janela a mais com alguém de que você gosta.

Vocês conseguem separar as coisas?
Sem drama. Claro que tem alguns momentos em que a gente precisa dar um cala a boca. Às vezes, a mulher que está do outro lado também te dá um cala a boca. Só que, neste caso, há uma hierarquia que tem que ser respeitada e vamos em frente.

Como Barbara está se saindo como atriz?
Para mim, é uma revelação. Estamos juntos há três anos e nesse tempo e de uma forma engraçada, ela me proibia de ver o que fazia porque não tinha orgulho de quase nada. Esperava uma chance para demonstrar a grandeza que acha que tem e que queria dividir comigo. E acho que está sendo legal.


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