JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Vinhos orgânicos, elaborados com uvas cultivadas sem uso de pesticidas ou adição de produtos sintéticos, são difíceis de achar por aqui. Mais difícil ainda é encontrar entre eles goles com o esperado nível de qualidade e prazer que o respeito à natureza que os envolve deveria brindar.
Os exemplares da chilena Nativa pertencem a esse time hoje minúsculo no Brasil: o dos bons vinhos orgânicos. A vinícola está em Curico, no sul do país, e tem cerca de 200 hectares de vinhas cuidadas, por exemplo, por gansos que comem as ervas daninhas e os insetos, que atacam as parreiras.
Com seus cachos, a Nativa produz duas linhas -Reserva e Gran Reserva- que vale a pena conferir. Nesta última, menção para o Cabernet Sauvignon 2006, sedoso, intenso na fruta e nos toques balsâmicos e de eucalipto (90/100, R$ 75,52).
A ala dos Reserva, forte em custo-benefício, tem vinhos como o Sauvignon Blanc 2009 (denso, vivaz, rico em frutas cítricas e tropicais) e o Carmenére 2008, um rubro macio, marcado por ameixas-pretas, especiaria, chocolate e baunilha (ambos 88/100, a R$ 39,59, todos na Mistral, tel. 0/xx/11/ 3372-3400).

jcarrar@attglobal.net


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