São Paulo, terça-feira, 04 de janeiro de 2005

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FILMES

As Novas Aventuras de Mogli
Record, 14h
 
(Jungle Book 2). EUA, 1997, 85 min. Direção: Dulcan McLahlan. Com James Williams. Um inescrupuloso pretende capturar Mogli, o menino das selvas, e transformá-lo em atração circense. Mas Mogli tem amigos fiéis entre os animais, que estarão dispostos a salvá-lo. A produção não é menos inescrupulosa ao dar cabo de tal projeto oportunista em cima do nome do clássico Mogli.

Bebês Geniais
Globo, 15h55.
 
(Baby Geniuses). EUA, 1999 , 99 min. Direção: Bob Clark. Com Kathleen Turner, Christopher Lloyd. Bebê genial põe a perder planos de fazer fortuna de uma dupla de médicos que planejava faturar sobre sua descoberta: a de que bebês nascem inteligentíssimos. Obra sem graça, o que é um pecado capital quando estamos falando de comédia.

Avassaladoras
Globo, 21h55.
 
Brasil, 2001, 93 min. Direção: Mara Mourão. Com Giovanna Antonelli, Reynaldo Gianecchini. Antonelli é a designer solteirona desesperada para desencalhar, ainda que conheça um punhado de rapazes. Dos piores filmes já rodados neste mundo, é uma comédia romântica mal filmada, cujo humor repousa em grosserias. Não há, enfim, um enquadramento que se salve na direção de Mara Mourão. E, talvez, nem a humanidade, já que o filme arrebanhou grande contingente nos cinemas deste país. É a "globalização" do cinema.

Intercine
Globo, 1h.

O espectador pode escolher entre a comédia "O Alarmista" (1998, de Evan Dunsky, com David Arquette, Stanley Tucci) e o thriller "Um Beijo Antes de Morrer" (1991, de James Dearden, com Matt Dillon, Sean Young).

Aprendiz de Feiticeiro
Globo, 2h35.
   
(The Hard Way). EUA, 1991, 111 min. Direção: John Badham. Com James Woods, Michael J. Fox. Para fazer o papel de um policial, ator convoca um tira para ensiná-lo os segredos da profissão, ainda que este esteja à caça de um criminoso. A convivência entre opostos (o ator vaidoso e o tira durão) renderá um aprendizado ao primeiro, além de boa diversão pela madrugada.

O homem que manipulava

PAULO SANTOS LIMA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Em "Platoon" (Telecine Action, 11h50) falava-se do erro da Guerra do Vietnã, e tínhamos ali uma obra com intenção "nobre". Oliver Stone tornava-se, então, um dos grandes cineastas americanos, segundo a mídia. Passaram-se os anos e esse exímio diretor foi revelando um cinema assumidamente manipulador, mais comprometido em revolver os dejetos da história norte-americana (como em "JFK") do que em sanar a dor pátria ("Platoon"). E a mídia apontou: Stone é um grande picareta.
Picareta? Stone nunca escondeu a trucagem em seus filmes. E a biografia "Alexandre" (que nada mais é que o Vietnã político do macedônio) estréia na semana que vem assumindo os seus excessos, erros e acertos, lembrando-nos que o cinema é também a carnavalização do mundo.

CIÊNCIA

Programa analisa os caminhos da mente

SALVADOR NOGUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

As capacidades humanas de aprender e de pensar são coisas muito mais fáceis de usar do que de explicar. Apesar disso, uma boa oportunidade para se iniciar nos mistérios do funcionamento da mente surge hoje, com a exibição do primeiro episódio da série de documentários "A Mente Humana", pelo canal GNT.
Produzido pela rede britânica BBC e apresentado pelo médico Robert Winston, o capítulo de abertura trata principalmente de como são realizadas tarefas cognitivas no cérebro. Intitulado "Get Smart" (ou "Para Ficar Inteligente", na tradução), ele segue exemplos de situações da vida real para explicar os princípios de funcionamento do cérebro humano.
Acompanhando uma mulher que decidiu se tornar obstetra, descobre-se como os neurocientistas definem o aprendizado, em termos do estabelecimento de conexões entre os neurônios do cérebro através dos "vãos" conhecidos como sinapses (que ganham no programa uma interessante analogia com a travessia de um penhasco de verdade).
Com um campeão de memorização, o telespectador obtém dicas de como ele faz para memorizar todas as cartas de baralho de dez maços, na ordem correta.
Na porção final do programa, os temas realmente interessantes. Como a ciência explica a intuição? Contando a história de um chefe do corpo de bombeiros que, por um lampejo, decidiu ordenar que seus homens recuassem, salvando-os de uma catástrofe aparentemente imprevisível, o programa propõe uma alternativa bem razoável às explicações sobrenaturais que usualmente se atribuem a esse tipo de ocorrência.
Em pouco menos de uma hora, o telespectador tem a chance de descobrir que a mente humana é hoje bem menos misteriosa do que era tempos atrás. Por outro lado, é bom tomar tudo com um grão de sal: a despeito das impressões que o programa possa causar, ainda há no meio científico muito mais charadas do que respostas sobre como pensamos, aprendemos e sentimos.


A MENTE HUMANA. Quando: hoje, às 13h30, no GNT.


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