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Crítica
Com ambiente elegante, Jow falha na oferta pobre de sushis
JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA
A primeira impressão
que se tem ao entrar no
novo Jow Sushi Bar é
bem positiva -um local pequeno, com arquitetura discretamente moderna, minimalista,
transmitindo uma sensação
agradável a quem chega. A segunda impressão, cardápio na
mão, começa sendo frustrante
quando nos deparamos com a
pobreza de oferta de sushis: os
peixes disponíveis são "atum,
salmão e peixe branco" (além
de polvo, salmão, ovas).
Um lugar de aparência contemporânea e elegante continua achando que "peixe branco" é tudo igual? Que robalo ou
tainha ou cavalinha ou olho-de-boi são o mesmo tipo de peixe,
o "branco" (não são), a ponto de
custarem todos o mesmo preço
(não podem custar -mas no
cardápio, sim)? Que atum não
merece ser diferenciado em
suas diferentes partes, cada
qual com gorduras e fibras e
preços diferentes?
Um pequeno alívio ocorre
quando o garçom mostra saber
que há diferentes cortes do
atum (afirma inclusive que a
casa dispõe de toro) e consegue
enumerar quais dos poucos
"peixes brancos" estão disponíveis no dia. O que mostra que
existe um potencial para que a
casa sofistique um pouquinho
sua oferta, até mesmo ajudando a clientela a conhecer um
pouco melhor a cozinha japonesa já disponível na cidade.
É o que poderiam fazer os
proprietários, que talvez pela
juventude tenham sido criados
na cultura do sushi adolescente
(aquele com pouco peixe e muita manga e maionese) que se
tornou moda em São Paulo.
Eles são ambos paulistanos:
Sandro Miceli Pina, 30, que
vem da área financeira, e Fábio
Paiva, 29, da área de eventos.
Os dois são amigos de infância
e, há um ano, começaram a planejar o restaurante, inaugurado no dia 16 de dezembro.
O balcão de sushi é chefiado
pelo pernambucano Anderson
João José Filho, 36, conhecido
como tio Anderson. Desde 1991
em São Paulo, passou por restaurantes como Mariko e Noyoi. No Jow ele serve rodízio no
almoço e no jantar.
À la carte, os sushis são corretos, no estilo miúdo e arroz de
razoável sabor (o combinado
trará também os indefectíveis
enrolados com frutas e cream-cheese e kanikama), ao lado de
sashimis de espessura variável
(mas pouco variado nos peixes).
A cozinha quente oferece um
sukiyaki bem em conta, tempurá, empanados e os teppans que
são de lei.
josimar@basilico.com.br
JOW SUSHI BAR
Avaliação: regular
Endereço: r. Ramos
Batista, 399, Vila
Olímpia, tel. 0/xx/ 11/
3554-8970
Funcionamento: seg. a
qua., das 12h às 15h e das
19h às 23h30; qui., das 12h
às 15h e das 19h à 0h30;
sex., das 12h às 15h e das
19h à 1h; sáb., das 13h às
16h e das 19h à 1h; dom.,
das 13h às 16h e das 19h
às 23h
Ambiente: pequeno,
clean, confortável
Serviço: parece atencioso,
ao menos enquanto a casa
tem pouco movimento
Vinhos: oferta mínima de
saquê
Cartões: D, M e V
Estacionamento: R$ 8
Preços: entradas, R$ 6,50
a R$ 25,50; pratos, R$
13,90 a R$ 75,50 (para
quatro); combinados, R$
25,90 a R$ 166,70 (para
quatro); sobremesas, R$ 4
a R$ 11,80
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