São Paulo, sexta-feira, 04 de fevereiro de 2011 |
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CRÍTICA FICÇÃO CIENTÍFICA "Splice" explica tudo e não deixa espaço para imaginação CRÍTICO DA FOLHA Em "Splice - A Nova Espécie", o casal de cientistas Clive (Adrien Brody) e Elsa (Sarah Polley) cria, secreta e ilegalmente, um ser que mistura DNA humano e animal. Um mutante com rosto e corpo de menina, mas com rabo, asas e patas em vez de pés. Eles cuidam do ser como se fosse sua filha, escondida do resto do mundo. Além de todos os problemas éticos envolvidos em seu experimento, o casal ainda enfrenta questões afetivas convencionais -como a paixão da garota pelo pai na adolescência. "Splice" lembra o David Cronenberg de "A Mosca" (1986), pela figura do mutante que mistura homem e animal, e o David Lynch de "Eraserhead" (1976), pela relação delicada entre o pai humano e o filho aberrativo. A diferença aqui é que tudo tem uma explicação, seja ela científica ou psicológica. Diferentemente de Cronenberg ou Lynch, o diretor Vincenzo Natali não deixa que o espectador complete o filme com sua imaginação. Mas isso não quer dizer que esse terror/ficção científica com espírito de filme B seja desprovido de interesse. Se por um lado o diretor não se abre muito para o mistério da sua história, por outro ele tem a coragem de ir fundo em todas as implicações da relação entre Clive e sua monstruosa e sedutora filha -mesmo que essas implicações sejam incestuosas. (RICARDO CALIL) SPLICE - A NOVA ESPÉCIE DIREÇÃO Vincenzo Natali PRODUÇÃO EUA, 2009 COM Adrien Brody, Sarah Polley e Delphine Chanéac ONDE Grand Plaza, Jardim Sul CLASSIFICAÇÃO 16 anos AVALIAÇÃO regular Texto Anterior: Crítica/Ação: Tragédia no mar de "Santuário" gera sensação de claustrofobia Próximo Texto: Última Moda - Vivian Whiteman: Vista essa ideia Índice | Comunicar Erros |
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