JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

A Interfood lançou na semana passada, em São Paulo, os goles de uma nova firma incorporada ao catálogo da importadora: a Fantinel. A casa tem base na região de Friuli Venezia Giulia, na Itália, onde possui cerca de 300 hectares de vinhedos.
Marco Fantinel, presidente da empresa, comentou os vinhos servidos, exemplares em geral benfeitos que pecam, porém, pelos preços um tanto altos, pouco alinhados com a performance, o que os torna menos atraentes frente a outras opções do mercado.
O Prosecco Extra Dry que abriu o evento, por exemplo, tem sabor cítrico-floral agradável e boa acidez (86/100, R$ 81,80), mas perde para proseccos como os da Ruggeri, Adami ou Nino Franco, de nível similar ou até superior, e mais baratos.
O La Roncaia Il Fusco 2005, rubro apresentado como um superfriulano (toques de frutas vermelhas, estruturado, mas com certo viés rústico), mostrou desempenho modesto para a categoria anunciada (88/ 100) e o valor que se pede por ele (R$ 197,49).
Dentro desse panorama, os mais razoáveis foram dois Borgo Tesis 2008. Um é o Pinot Grigio, um branco com fruta cítrica e suaves amêndoas. O outro, o Refosco, tinto, une cerejas e tons defumados num paladar levemente tânico (ambos 87/ 100, R$ 65,66, na Interfood, tel. 0/xx/11/2602-7255).

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