São Paulo, segunda-feira, 04 de abril de 2005

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SÉRIE

"Huff" afunda na meia-idade masculina

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REDAÇÃO

"Vida. Às vezes, você acorda no meio dela." Esse é o caso do psiquiatra Craig Huffstodt e é também o mote da série em que ele é o personagem central. "Huff", apelido do médico, estréia hoje no A&E Mundo centrando suas atenções na crise da meia-idade pela qual passa o dr. Huffstodt.
Aos 42 anos, o médico é o típico profissional bem-sucedido, um psiquiatra sério e sensato que ajuda seus pacientes a encontrarem harmonia em suas vidas. Tem uma bela casa, um casamento perfeito e um filho adolescente exemplar. Mas um incidente trágico com um de seus pacientes, durante uma sessão, joga o doutor direto na crise dos 40.
Como costuma acontecer nessas situações (ao menos nos seriados de TV), para fins dramáticos os problemas se sucedem rapidamente. Huff é processado pelos pais de seu paciente e começa a questionar seu valor como profissional, sua mãe superprotetora e hiperconservadora entra em atrito com sua mulher... e estamos apenas no primeiro episódio.
O trocadilho do título da série -em inglês, "huff" exprime um estado de irritação, incômodo ou vulnerabilidade- mostra exatamente o que ela retrata através da crise de seu personagem principal. O tom dramático é intercalado por um humor cínico e azedo.
Os personagens do núcleo da série são interpretados por atores mais acostumados ao papel de coadjuvantes em outras séries e filmes. Hank Azaria, que empresta a Huff seu ar meio canastrão, é mais conhecido por sua voz do que por sua estampa: ele dubla vários personagens de "Os Simpsons", como o barman Moe e o chefe de polícia Wiggun.
Além dele, a série tem outros ex-coadjuvantes promovidos a papéis principais, como Blythe Danner (de filmes como "Entrando numa Fria") no papel da mãe de Huff e Oliver Platt (de "Dr. Doolittle" e "O Homem Bicentenário") como o debochado advogado e melhor amigo do psiquiatra.
Huff

Quando: hoje, às 22h, no A&E Mundo


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