São Paulo, quarta-feira, 04 de maio de 2005 |
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"O filme não é sobre a guerra ao terror!"
DA CALIFÓRNIA
Folha - Por que fazer um filme como "Cruzada" justo agora? Ridley Scott - Sempre quis fazer um filme de cavaleiro ou de caubói. São dois personagens iconográficos que sempre me impressionaram como cineasta. Para não desperdiçar meu tempo com um filme sobre um cavaleiro qualquer, Bill [o roteirista estreante William Monahan] me sugeriu que nós situássemos a ação nas Cruzadas, especialmente entre a segunda e a terceira, um momento historicamente rico. Folha - Mas o sr. concorda que há
uma controvérsia em relação a esse
tema, especialmente depois do 11
de Setembro? Folha - Mas como ignorar que o
próprio Bush chamou primeiro "a
guerra ao terror" de "cruzada" e
que os principais antagonistas são
de novo cristãos e islâmicos? Folha - O que que quero dizer é
que, talvez, do ponto de vista da
Casa Branca, a Guerra do Iraque
não seja religiosa, mas a "guerra
ao terror" sim... Folha - O sr. certamente ouviu falar do filme "A Paixão de Cristo" e o
sucesso de bilheteria que ele fez. Folha - Não o influenciou o fato
de que talvez este mesmo público
possa estar sedento para ver um
outro título em que os cristãos são
retratados de maneira positiva, como acontece em "Cruzada"? |
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