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Peça conflita identidade e mercadoria
VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma mulher deambula
por fragmentos de si mesma.
Rememora as perseguições
da infância e chega ao invólucro da vida adulta, demasiado cansada de ser mais
uma "mercadoria" na sociedade. "Eu exerço a anticomunicação dos meus pensamentos", discorre a personagem de Fernanda Barcelos na performance teatral
"1974SMPNF", escrita com a
diretora Gabriela Flores.
A estréia acontece hoje,
atrás do palco do teatro
Faap. O título cifrado evoca
um código de barras qualquer. Na tentativa de recompor sua identidade, a mulher
depara com a involução de
um mundo dominado pela
massificação.
A performance é sustentada pela ação dramática, pela
música eletroacústica e pela
projeção de imagens em vídeo e computação gráfica.
Barcelos, 28, diz que não se
trata de mera vocação multimídia. "A performance discute a nossa relação com as
máquinas, com as nossas
angústias e até com o próprio ato de criar", afirma
Flores, 29, atriz que assina
sua primeira direção.
"1974SMPNF" é também
um projeto afetivo cultivado
há cinco anos. São mais oito
pessoas na criação, configurando a companhia Teatro
Dual, todos cúmplices desse
redemoinho interior premiado recentemente no 5º
Festival de Monólogos de
Vitória (ES).
1974SMPNF. De: Fernanda
Barcelos e Gabriela Flores. Onde:
teatro Faap - coxia (r. Alagoas, 903,
tel. 0/xx/11/3662-7233). Quando:
estréia hoje, às 20h; qua. e qui., às
20h. Até 10/7. Quanto: R$ 10.
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