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Cinema prepara sua adaptação para "A Grande Família"
Com estréia prevista para janeiro de 2007, filme tem roteiro de Guel Arraes, especialista em transformar séries globais em grandes sucessos de bilheteria
MARCELO BARTOLOMEI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO
Como levar para as telas do
cinema um seriado líder de audiência há seis anos na televisão? Este é o desafio que norteia a produção de "A Grande
Família - O Filme", rodado desde o mês passado no Rio de Janeiro e que deve estrear em janeiro de 2007.
A aposta de levar uma série
para as telas não é novidade.
Serve, segundo o ator Paulo
Betti, um dos convidados especiais do longa, como um bom
gancho para conduzir o público
ao cinema. Guel Arraes -que
assina o roteiro ao lado de Cláudio Paiva- levou as também
séries de TV "O Auto da Compadecida", "Lisbela e o Prisioneiro" e "Os Normais" às salas,
todos sucessos de bilheteria
com mais de 3 milhões de espectadores.
Para fazer "A Grande Família
- O Filme", o diretor-geral da
atração, Maurício Farias, pediu
uma pesquisa sobre todos os
programas já exibidos na TV,
tentando fugir do que já foi realizado anteriormente.
"Acreditamos que não faz
sentido o filme ter, nem no conteúdo nem no formato, algo parecido com o programa. É uma
história que não pode ser contada em 30 minutos", afirma o
diretor, que garante que a existência do longa não implica o
término da série.
"O próprio ritmo do cinema é
diferente da televisão. O que
justifica fazer um bom filme é o
fato de você acreditar nele, não
importa a origem."
O filme especula a possível
morte de Lineu Silva (protagonizado por Marco Nanini), o
patriarca da família que aparece na TV todas as noites de
quinta-feira -um remake
bem-sucedido da homônima
série produzida em 1974.
Mas Lineu, então, vai morrer? "O Lineu morre. Mas há
controvérsias. Ele acha que vai
morrer e eu não posso achar o
contrário. Esse nó dramático é
muito saboroso para iniciar o
filme", brinca Nanini.
"É a primeira vez que o Tuco
[personagem filho de Lineu na
série] assume que é um vagabundo e pensa no que vai acontecer se o pai não estiver um
dia", conta seu intérprete, o
ator Lúcio Mauro Filho.
Para as filmagens, são utilizadas locações como o Círculo
Militar de Deodoro (zona oeste
do Rio), onde, nesta semana, foram rodadas as cenas do baile
em que Nenê (Marieta Severo)
reencontra o ex-namorado
Carlinhos (Betti). Outras cenas
foram feitas em estúdios da Rede Globo e na cidade cenográfica do seriado.
Jovem Guarda
A história terá os personagens fixos da série (Guta Stresser como Bebel; Pedro Cardoso, o Agostinho; Andréa Beltrão
como Marilda; Tonico Pereira,
o Mendonça; e Marcos Oliveira,
o Beiçola). As participações especiais incluem, além de Betti,
Dira Paes e Wagner Santisteban, entre outros.
O músico Branco Mello (Titãs) faz a trilha sonora com
uma pesquisa dos anos 60 e 70,
que o levou à banda Brazilian
Bitles, cover dos Beatles com
composições próprias também,
além da Jovem Guarda do grupo Lafayette e os Tremendões e
artistas atuais.
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