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MÚSICA
Vocalista do Echo & The Bunnymen promove seu novo álbum, "Flowers"
Ian McCulloch arrisca-se como DJ
CLAUDIA ASSEF
DA REPORTAGEM LOCAL
No Brasil pela terceira vez na vida, Ian McCulloch, 42, vocalista
do mítico Echo & The Bunnymen, já domina o que, segundo
ele, é vocabulário básico de sobrevivência em português. Entenda-se por isso a frase: "Uma caipirinha, por favor".
No país para promover o bacana "Flowers", lançado no exterior
em maio, McCulloch veio sem a
banda. Vai cumprir uma agenda
de aparições promocionais, que
inclui sets acústicos em programas de rádio, entrevistas para a
TV e, o que promete ser o mais
bacana, uma performance atrás
dos pick-ups da casa noturna DJ
Club, em São Paulo. "Vai ser a minha segunda aventura como DJ,
estou supernervoso", disse à Folha o vocalista, que também atende pela alcunha de Mr. Lips. Ah, a
festa será só para convidados.
Leia a seguir trechos da entrevista com McCulloch, que estava
aliviado de saber, durante a conversa, que não teria que aparecer
no programa da Xuxa. "É meio ridículo aparecer lá, não é?"
Folha - Esta é sua terceira visita
ao Brasil. Você diria que é o melhor
público do Echo & The Bunnymen?
Ian McCulloch - São Paulo é certamente o único lugar em que
nossos shows chegam a lotar casas de 6.000 lugares. E as pessoas
cantam todas as músicas. Adoro a
cidade. Lembro bem da turnê de
87, fizemos talvez um dos melhores shows da nossa carreira aqui
-os de 99 não lembro direito
porque bebi demais. Agora já sei
como pedir uma boa caipirinha.
Gosto quando ela vem meio escura, com muito limão... Só aceitei
cumprir essa agenda lotada de
promoção porque gosto do Brasil.
Não ia me obrigar a fazer isso se
fosse na República Tcheca [risos".
Folha - Como vai ser o seu set no
DJ Club hoje à noite?
McCulloch - Ai, estou supernervoso, vai ser a minha segunda vez
como DJ. Então não vou complicar: meu set vai ter Lou Reed,
Donna Summer, Grace Jones,
Doors e... acho que Frank Sinatra.
Folha - E o disco solo?
McCulloch - Vai ser lindo. Vou
chamar a Courtney Love.
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