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Crítica
Filme mostra o talento cômico de Judy Garland
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Segundo o All Movie Guide,
Judy Garland tinha QI 172, o
que é um bocado para uma das
mais célebres loiras burras de
seu tempo.
Ênfase em "de seu tempo",
pois Judy nunca fez questão de
se dedicar ao cinema intensamente, o que motivou o seu esquecimento, embora tenha sido uma das atrizes favoritas de
George Cukor (direção) e Garson Kanin na primeira parte
dos anos 50 (a reter, sempre:
"Nascida Ontem", uma obra-prima total).
Se fez de burra para escapar
da caça às bruxas, mas se encheu do cinema em 1956, foi para a Broadway e só voltou para
fazer "Essa Loira Vale um
Milhão" (TCM, 16h30), com
Vincente Minnelli, filme em
que ela pontifica em uma central de recados telefônicos (não
havia celular na época) e tem
cuidados especiais com o cliente Dean Martin.
O musical clássico agonizava.
Judy, comediante de primeira,
é uma mão na roda para o filme.
Ela morreu de câncer em 1965,
aos 43 anos. Uma catástrofe.
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