São Paulo, segunda-feira, 04 de dezembro de 2006

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Crítica

Filme mostra o talento cômico de Judy Garland

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Segundo o All Movie Guide, Judy Garland tinha QI 172, o que é um bocado para uma das mais célebres loiras burras de seu tempo.
Ênfase em "de seu tempo", pois Judy nunca fez questão de se dedicar ao cinema intensamente, o que motivou o seu esquecimento, embora tenha sido uma das atrizes favoritas de George Cukor (direção) e Garson Kanin na primeira parte dos anos 50 (a reter, sempre: "Nascida Ontem", uma obra-prima total).
Se fez de burra para escapar da caça às bruxas, mas se encheu do cinema em 1956, foi para a Broadway e só voltou para fazer "Essa Loira Vale um Milhão" (TCM, 16h30), com Vincente Minnelli, filme em que ela pontifica em uma central de recados telefônicos (não havia celular na época) e tem cuidados especiais com o cliente Dean Martin.
O musical clássico agonizava. Judy, comediante de primeira, é uma mão na roda para o filme. Ela morreu de câncer em 1965, aos 43 anos. Uma catástrofe.


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