São Paulo, segunda-feira, 05 de janeiro de 2009

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Crítica

"Paranoid Park" respeita vulcões da juventude

PAULO SANTOS LIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não há momento mais dramático que a adolescência, quando o próprio estar no mundo ganha novos desenhos e, pior, a introspecção é geralmente desrespeitada pelos adultos, que pelejam entender seus jovens.
O cinema não é diferente, e muitos filmes explicam e julgam seus adolescentes. É por essas que Gus van Sant hoje é quem melhor registra a juventude no cinema. Em "Elefante", por exemplo, ele tinha tudo para fazer sensacionalismo com a matança em Columbine, mas optou pelo registro observacional para focar os personagens.
"Paranoid Park" (TC Premium, às 22h; não indicado a menores de 12 anos) fala do skatista Alex, 16, sua namorada chata, a morte acidental que ele provoca a um ferroviário etc. Dos últimos Van Sant, é o que mais foge do "documental" e se aproxima de um certo "expressionismo", com música de Nino Rota e imagens alucinógenas remetendo à percepção do garoto, apesar de se manter à superfície, respeitando os vulcões interiores de Alex.


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