São Paulo, quinta-feira, 05 de maio de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Ópera expõe conflitos pré-Revolução na França

Barbeiro tem casamento ameaçado pelo patrão em "As Bodas de Fígaro'

Conduzida pelo maestro indiano Zubin Mehta, gravação da obra de Mozart tem grandes vozes europeias

DE SÃO PAULO

Domingo tem Zubin Mehta regendo Mozart na Coleção Folha Grandes Óperas. O carismático regente indiano dirige "As Bodas de Fígaro", o volume 14 da Coleção.
Nascido em Mumbai, em 1936, Mehta é bastante conhecido do público brasileiro, sobretudo por sua longa associação com a Filarmônica de Israel, que ele já regeu no Brasil várias vezes.
Versátil, ele também tem uma importante carreira operística. Desde 1986, é o diretor da orquestra do Maggio Musicale Fiorentino, na Itália, onde dirigiu esta gravação de "As Bodas de Fígaro".
Mehta rege um elenco de grandes vozes europeias, como Michele Pertusi no papel de Fígaro e Lucio Gallo como o Conde de Almaviva, enquanto as partes femininas são cantadas por Karita Mattila (Condessa) e Marie McLaughlin (Susanna).
Baseada na peça "La Folle Journée, ou le Mariage de Figaro" (o dia louco, ou as bodas de Fígaro), do dramaturgo francês Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais (1732-1799), a obra é uma comédia vibrante, que revela as tensões entre aristocracia e burguesia às vésperas da Revolução Francesa.
Empregado do Conde de Almaviva, o barbeiro Fígaro pretende se casar com sua amada, Susanna. Contudo, entediado pelo desgaste de seu matrimônio com a Condessa, o Conde deseja ardentemente a noiva do barbeiro.
Toda a ação transcorre em um dia, o das bodas de Fígaro, que trama com Susanna e a Condessa para enganar Almaviva e conseguir levar sua união conjugal a termo.
Para contar essa história, Mozart escreveu música vibrante, e com profundo sentido do teatro. A abertura é uma das mais célebres escritas pelo compositor, sendo constantemente programada em concertos.


Texto Anterior: Crítica/Drama: Montagem faz de obra esquecida de Plínio Marcos um clássico
Próximo Texto: Crítica/Romance: Cenário dispersivo de novo DeLillo oculta ideias de consciência
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.