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Oficinas formaram artistas nos anos 1990
DE SÃO PAULO
Em 1990, quando Roberto
Lage inaugurou as oficinas
de didática da encenação, no
espaço então chamado Oficina Cultural Três Rios, centenas de jovens entenderam,
ali, o que era o ofício de ator.
Muitos, como esta repórter, passaram a olhar o teatro
com o respeito de quem esteve atrás da cena e puderam,
graças à descoberta da falta
de talento, apostar em outro
rumo. Outros, como Dan
Stulbach e Matheus Nachtergaele, traçaram na Três Rios
- hoje Oswald de Andrade -
o seu destino.
"Passei uns dois anos fazendo cursos lá", diz a artista
plástica Sandra Cinto, que
pegava um trem em Santo
André e descia na Estação da
Luz para ter aulas com Paulo
Pasta, Nuno Ramos e outros.
"No fim de um laboratório,
fizemos uma exposição na
Pinacoteca e usamos as salas
da oficina como ateliê", relembra a artista.
A Oswald de Andrade é
ainda, ao lado da Oficina da
Palavra e da Mazaroppi, um
espaço vigoroso. Mas perdeu
o poder de fogo. Dada a diminuição dos cachês, é cada
vez difícil ter nomes de peso à
frente dos cursos.
No caso das oficinas da periferia, o propósito, segundo
Nancy Mollo, coordenadora
da Alfredo Volpi, em Itaquera, o propósito é outro.
"Elas têm que permitir
uma vivência cultural. Se eu
colocar algo complexo demais no lugar de dança de salão, eu talvez não tenha público", diz Mollo.
(APS)
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