São Paulo, segunda-feira, 05 de julho de 2010

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Oficinas formaram artistas nos anos 1990

DE SÃO PAULO

Em 1990, quando Roberto Lage inaugurou as oficinas de didática da encenação, no espaço então chamado Oficina Cultural Três Rios, centenas de jovens entenderam, ali, o que era o ofício de ator.
Muitos, como esta repórter, passaram a olhar o teatro com o respeito de quem esteve atrás da cena e puderam, graças à descoberta da falta de talento, apostar em outro rumo. Outros, como Dan Stulbach e Matheus Nachtergaele, traçaram na Três Rios - hoje Oswald de Andrade - o seu destino.
"Passei uns dois anos fazendo cursos lá", diz a artista plástica Sandra Cinto, que pegava um trem em Santo André e descia na Estação da Luz para ter aulas com Paulo Pasta, Nuno Ramos e outros.
"No fim de um laboratório, fizemos uma exposição na Pinacoteca e usamos as salas da oficina como ateliê", relembra a artista.
A Oswald de Andrade é ainda, ao lado da Oficina da Palavra e da Mazaroppi, um espaço vigoroso. Mas perdeu o poder de fogo. Dada a diminuição dos cachês, é cada vez difícil ter nomes de peso à frente dos cursos.
No caso das oficinas da periferia, o propósito, segundo Nancy Mollo, coordenadora da Alfredo Volpi, em Itaquera, o propósito é outro.
"Elas têm que permitir uma vivência cultural. Se eu colocar algo complexo demais no lugar de dança de salão, eu talvez não tenha público", diz Mollo. (APS)


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