São Paulo, terça-feira, 05 de agosto de 2008

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Diversidade dá o tom do festival Lollapalooza

ENVIADO ESPECIAL A CHICAGO

Cerca de 130 atrações se espalharam nos oito palcos do Lollapalooza em três dias de evento, terminados anteontem. Os números representam as proporções gigantescas desse evento montado no Grant Park, região central de Chicago.
A reportagem da Folha acompanhou o festival no sábado e no domingo (na sexta, houve shows de Bloc Party, Raconteurs, Radiohead e outros).
Havia o rumor de que Barack Obama, candidato à presidência dos EUA, iria fazer um minidiscurso durante o show de Kanye West (ocorrido na noite de domingo). Obama não apareceu, mas foi lembrado pelo rapper, que em certo momento colocou para tocar um trecho de "Don't Stop Believin'", clássico da banda Journey.
Kanye West tem um ego maior do que Chicago (chegou a dizer que se sentia como um dos grandes, como Lennon e James Brown), mas não dá para negar que sabe produzir música com batidas bem feitas.
O festival reuniu um bom número de bandas novas, com destaque para a new wave do Black Kids, para o duo MGMT e seu hit "Kids", e para o quinteto britânico Foals.
Uma boa surpresa foi a dupla inglesa Ting Tings. Eles tocaram cedo (12h45 de sábado), com o sol quente de verão, e conseguiram juntar público razoável no palco principal.
O combo canadense Broken Social Scene pintou o Lollapalooza com tintas do rock dos anos 1970 e da psicodelia dos 1960. Já as músicas do grupo Explosions in the Sky podem ser comparadas a peças cuidadosamente compostas, nas quais se alternam arranjos instrumentais calmos e pesados.
Essa diversidade encontrada no festival é sintetizada pelo bardo apocalíptico Saul Williams. Com penas na cabeça, rosto pintado e roupas coloridas, ele destila suas letras engajadas em cima de batidas electro e guitarra roqueira. Difícil de classificar, como grande parte da boa música pop feita hoje. (TN)


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