São Paulo, sexta-feira, 05 de agosto de 2011

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Folha lança coleção de cinema europeu

Nas bancas no domingo, os dois primeiros volumes são "A Doce Vida", de Fellini, e "Fitzcarraldo", de Herzog

Filme do italiano marca afastamento da estética neorrealista; alemão retrata instalação de casa de ópera na selva


DE SÃO PAULO

O italiano Federico Fellini e o alemão Werner Herzog são os dois primeiros cineastas com que a Folha inicia, neste domingo, a Coleção Folha Cine Europeu.
São 25 DVDs acompanhados de um livro sobre cada diretor e produção. Na estreia, dois fascículos saem ao preço de um, com "A Doce Vida" (60) e "Fitzcarraldo" (82).
O primeiro marca uma guinada na obra de Fellini (1920-93), que se afastava mais acentuadamente da estética neorrealista que orientou parcialmente seus trabalhos anteriores, como "Noites de Cabíria" (57), para imergir num universo mais subjetivo -ou seja, mais felliniano.
"A Doce Vida" trata do vazio existencial da alta sociedade romana através do colunista social Marcello (Marcello Mastroianni), cujo projeto é ser escritor e falar sobre algo mais relevante.
Seu drama é perceber, mesmo que as despreze, que ele faz parte dessas futilidades.
Outro projeto impossível é o de Brian Fitzgerald (Klaus Kinski) em "Fitzcarraldo": instalar uma casa de ópera na selva amazônica. Na prática, será lutar contra todas as adversidades naturais.
É uma situação típica na obra do mais importante cineasta alemão em atividade: o embate entre homem e natureza, revelando a limitação do projeto civilizatório.
As filmagens, inclusive, não foram diferentes. Herzog repetiu seu personagem e exigiu que um grande navio avançasse por terra, morro acima, a cordas puxadas.


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