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Canais não vão mudar para SP, diz a Anatel
DA REDAÇÃO
Superintendente de Serviços de
Comunicação de Massa da Anatel, Ara Apkar Minassian afirma
que os testes na avenida Paulista
não servirão para justificar a migração definitiva de outorgas de
cidades da Grande SP para a capital. "Não estamos fazendo testes
para viabilizar esses canais. Os
testes visam a melhoria do espectro e a migração para a TV digital", diz. "Quando acabarem os
testes, esses canais têm de voltar
para seus lugares."
Minassian salienta ainda que
não compete à Anatel a autorização definitiva para um canal mudar de cidade. Essa competência é
do Ministério das Comunicações.
Segundo o superintendente, os
testes de filtro serão úteis durante
a transição da TV analógica para a
digital. Nesse período, numa cidade como São Paulo, praticamente
todo o espectro (que vai do canal
2 ao 59) será usado. Não haverá
intervalos entre canais. Canais digitais ficarão ao lado de analógicos. Os filtros que estão sendo testados, segundo a Anatel, permitirão, por exemplo, que o canal 7
(analógico) opere ao lado de um
digital, o 8, sem interferências.
Minassian diz que há necessidade de viabilizar mais canais em cidades como São Paulo, onde não
há canais digitais para todas as
emissoras analógicas.
Ele afirma que os eventuais novos canais serão usados para
transmissões digitais.
O superintendente afirma que
os testes capitaneados pela Anatel
são sérios. A empresa contratou o
renomado CPqD, laboratório que
participou das análises de padrões de TV digital patrocinadas
pelas grandes redes.
Minassian diz que os canais 51,
52, 57, 58 e 59 foram usados para
os testes porque estavam se instalando e são seqüenciais. A RF entrou no processo porque se prontificou a tal. "Foram os canais que
pediram para fazer os testes. Nós
entramos de carona", afirma.
O superintendente diz ainda
que o processo é "transparente".
Até o final do ano, os resultados
dos testes serão divulgados em
uma consulta pública. Só depois
será dada nova autorização para
testes de campo.
Jakson Sosa, diretor executivo
do grupo RF, diz que não é detentora da patente da tecnologia dos
filtros que está testando. "É um
produto aberto, à disposição de
qualquer fabricante", diz. Mas admite privilégio: "Quem sai na
frente obviamente terá vantagem
no mercado", afirma.
A RF, que faturou R$ 12 milhões
em 2003 e prevê atingir R$ 17 milhões neste ano, diz que investiu
quase R$ 3 milhões nos testes.
Segundo Sosa, os resultados dos
testes são animadores. "O sistema
digital não funcionará se não for
resolvido o problema da interferência entre canais." Sosa e Minassian contestam as afirmações
de que o correto, tecnicamente,
seria os canais em teste transmitirem barras de cores, e não programação comercial.
(DC)
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