São Paulo, sexta-feira, 05 de outubro de 2007

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THIAGO NEY

A harpa mágica


Joanna Newsom encanta com canções doces e oníricas; Nokia Trends ocorre em dezembro; Vitalic no Brasil


A TEMPORADA de shows do final do ano ganha mais um festival. O Nokia Trends já tem data marcada: 8 de dezembro. O local: Memorial da América Latina. A primeira atração confirmada: a banda dance-rock australiana Van She (www.myspace.com/vanshe).
Além de banda, são ótimos remixadores. Já mexeram em faixas de Klaxons, Feist, Tiga etc. No Nokia Trends, o Van She se apresenta duas vezes: como banda e em DJ set, o Van She Technologic.
Além da parte musical, o festival terá espaço de arte e multimídia. A expectativa é reunir 4.000 pessoas.
Isso é o que já está fechado, com contrato assinado e tal. O que não está confirmado é o seguinte. Teve festival que tentou trazer o She Wants Revenge ao Brasil, mas não conseguiu porque, segundo o agente do grupo, a dupla norte-americana já havia fechado "com um festival em São Paulo que acontece em dezembro". Só pode ser o Nokia Trends... Ou tem outro?

 


O produtor de electro Vitalic foi adicionado à escalação do festival Planeta Terra (10 de novembro). Além dele, a parte eletrônica do evento terá John Carter, Layo & Bushwacka e Renato Ratier.

 


O duo curitibano Impostora (ex-Bonde das Impostora) lança um EP on-line de quatro faixas, entre elas a 80's trash "Scandaluxo". Dá para baixar no http://tramavirtual.uol.com.br. Na busca do site, digite impostora.

 


Os jovens adultos marcam os livros do britânico Nick Hornby. Para sua nova obra, "Slam", o autor tem como protagonista um adolescente de 16 anos. "Slam" mostra as mudanças ocorridas na vida do garoto, fã do skatista Tony Hawk, depois que ele recebe a notícia de que sua namorada está grávida.
Tomara que seja melhor do que "Uma Longa Queda", seu último livro, que só não ganhou o troféu de maior enganação literária do século 21 porque Bret Easton Ellis lançou "Lunar Park" em 2005.

 


O acanhado palco do teatro do Sesc Santana está preenchido com um microfone, três copos de plástico com água ao lado de um banco e, posicionada, em cima de um tapete, uma portentosa harpa.
Ao vivo, as músicas de Joanna Newsom são ainda mais impactantes do que em disco, como vimos anteontem, em São Paulo. As canções vão mudando de andamento, notas agudas são encaixadas com vibrações das mais graves -mas tudo orquestrado apenas pelos dedos de Newsom em sua harpa.
Na verdade, não apenas. Tem a voz. Lembra a de Björk, mas, diferentemente da islandesa, Newsom não faz dos arranjos melódicos presas de sua voz; ela parece serpentear por entre as cordas da harpa, dando corpo e potência às canções. São músicas complexas, mas longe de herméticas ou inacessíveis. Apenas doces e oníricas.

thiago@folhasp.com.br


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