São Paulo, quinta-feira, 05 de novembro de 2009

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Análise

Carrey se arrisca em papéis diversos

ANDRÉ BARCINSKI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Se existe uma qualidade que Jim Carrey herdou de seu ídolo, Jerry Lewis, é a coragem de arriscar. Fazer comédia, bem sabia Lewis, é como acrobacia sem rede de proteção: quando dá certo, é uma maravilha; quando falha, não tem perdão.
Carrey é um desenho animado em forma de gente, um palhaço anfetaminado, capaz de contorcionismos tão prodigiosos quanto exagerados.
Esse exagero marcou negativamente o início de sua carreira, quando fez abacaxis como "Ace Ventura". Mas hoje, depois de se aventurar em "O Mundo de Andy" (Milos Forman) e "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças" (Michel Gondry), Carrey já provou que é mais que um simples rostinho de borracha.
Com as caretas de um Jerry Lewis, a habilidade física de um John Cleese e, nos últimos anos, uma persona de "homem comum" herdada do ídolo James Stewart, Carrey é um comediante completo. E nenhum de seus contemporâneos -Chris Rock, Adam Sandler, Ben Stiller, Martin Lawrence- se arrisca tanto em papéis "diferentes" quanto ele. Palmas pro homem, que ele merece.


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