JORGE CARRARA
COLUNISTA DA FOLHA

Ribera del Duero é berço de grandes tintos. A região do noroeste da Espanha é jovem no panorama dos vinhos finos daquele país. Começou a ganhar notoriedade nos anos 1970, graças aos goles de uma adega já lendária: a Vega Sicília.
Contribuíram também, na década de 1980, pioneiros como Alejandro Fernandez, com seus belos Pesquera e, mais recentemente, outros com rótulos de butique (ao estilo do enólogo Peter Sissek e seu Pingus), vinhos de tiragem minúscula e preços tão altos que dão a impressão de que, com um pequeno impulso, entrariam em órbita ao redor da terra.
Uma nova importadora, a CultVinho, trouxe os tintos de várias casas de Ribera.
Entre eles, há desses caros rubros "de autor", e outros, mais em conta, que valem a pena conferir.
Um deles é das Bodegas Imperiais, o Abadia de San Quirce Crianza 2006, de uvas tempranillo, atraente, de sabor intenso, rico e longo, unindo frutas vermelhas e baunilha (90/100, R$ 124).
Bons também dois tempranillo das Bodegas de los Rios Prieto. Um é o Prios Roble 2007, saboroso nos toques de framboesa e frutas secas, vivaz, com boa acidez (88/ 100, R$ 78). O outro, o Prios Crianza 2005, elegante, com fruta sedutora, cacau e especiaria dominando um paladar elegante e persistente (90/100, R$ 112, na CultVinho, tel. 0/xx/11/2613-7183).

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