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Osesp tem programa de cinco compositores brasileiros no mês
Destaque do final de semana é poema sinfônico "Assim Falou Zarathustra"
JOÃO BATISTA NATALI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Além de peças com um bom
chamativo popular, como o
poema sinfônico "Assim Falou
Zarathustra", de Richard
Strauss (1864-1949), a programação da Osesp (Orquestra
Sinfônica do Estado) tem entre
seus destaques de novembro
peças de cinco grandes compositores brasileiros.
Os músicos voltam à sala São
Paulo após turnê por 12 cidades
dos EUA, regidos pelo jovem
maestro americano Kazem Abdullah, que o "Washington
Post" criticou por não demonstrar suficiente maturidade.
Mas o mesmo jornal elogiou
a alta qualidade técnica de todos os naipes da orquestra paulista. O "Chicago Sun-Times"
citou "a energia" com que a
Osesp interpretou uma peça do
húngaro Bela Bartok.
Na próxima semana, entre os
dias 12 e 13, a orquestra fará de
Camargo Guarnieri (1907-1993) a suíte "Brasiliana", encomendada em 1949 por uma
fundação dos EUA e que carrega as formas do nacionalismo
musical do qual o compositor
era na época um militante.
No mesmo programa, o
"Concerto nº 2", para percussão e orquestra, de Marlos Nobre, 70, talvez o compositor
brasileiro vivo de mais requintada sofisticação formal.
Hime e Villa-Lobos
Entre os dias 19 e 21, estarão
programados Luciano Gallet
(1893-1931), com sua "Dança
Brasileira" (1925), o "Concerto
para Violão", de Francis Hime,
70, músico de mão cheia mais
associado à bossa nova -sua
peça terá como solista Fábio
Zanon-, e, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), as "Bachianas
Brasileiras nº 7".
Mas vejamos o "Zarathustra", de Strauss, no programa
entre hoje e sábado, sob a regência do maestro principal da
Osesp, Yan Pascal Tortelier.
O poema sinfônico, composto em 1896, quando o autor estava com 32 anos e muita maturidade musical, teve seus primeiros compassos inseridos na
trilha de "2001 - Uma Odisseia
no Espaço", filme de 1968 de
Stanley Kubrick.
É uma partitura em nove
partes, bem mais complexa e
com uma orquestração pesada,
exigindo duas tubas, quatro
trompetes, órgão e seis instrumentos de percussão.
No mesmo programa, a israelense Sharon Bezaly será a solista do "Concerto para Flauta",
de Aram Khachaturian.
Na semana seguinte, a Osesp
será regida por Dante Anzolini,
atuante em La Plata, Argentina,
e Linz, Áustria. A orquestra fará
a suite orquestral "Os Planetas", do britânico Gustav Holst.
Entre os dias 19 e 21, a orquestra estará sob a regência de
Alondra de La Parra, maestrina
americana de 29 anos que criou
e dirige, em Nova York, a Filarmônica das Américas.
No último programa do mês,
em que o spalla Emmanuele
Baldini solará o "Concerto para
Violino", em ré menor, de Robert Schumann, a Osesp terá
como maestro o britânico
Frank Shipway.
OSESP
Quando: qui. e sex., às 21h;
sáb., às 16h30
Onde: Sala São Paulo
(pça. Júlio Prestes, 16,
tel. 0/xx/ 11/ 3223-3966)
Quanto: de R$ 30 a R$ 104
Classificação: não indicado para
menores de 8 anos
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