JOSIMAR MELO
COLUNISTA DA FOLHA

É verão , momento adequado para o renascimento do Capim Santo, filial da casa aberta por dois paulistas, há duas décadas, em Trancoso, à beira do mar baiano. Desde que nasceu na sua versão metropolitana, há sete anos, o restaurante Capim Santo ostentou ares tropicais na casa cercada por árvores e jardins na Vila Madalena.
No final do ano passado o restaurante, que enfrentava problemas com a lei de zoneamento, saiu de lá: parte dos sócios -os fundadores do restaurante de Trancoso mais sua filha, a chef Morena Leite, 24 anos, e uma nova sócia, a advogada Adriana Leal, 43- partiu para o novo local: uma mansão nos Jardins, que conseguiu, embora em escala menor, manter o espírito de espaços livres e arborizados.
É ali que a jovem Morena, que, além de ter crescido no restaurante dos pais em Trancoso, foi depois estudar cozinha em Paris, renovou em parte seu cardápio, mantendo a mesma idéia de mesclar a cozinha brasileira com técnicas mais refinadas.
A ponte entre o brejeiro e a técnica da grande cozinha ainda não está completa -num restaurante onde os peixes são tão importantes, a precisão dos pontos de cozimento tem de ser uma obsessão, e aqui nem sempre é atingida.
Mas há boas sugestões como patinhas de caranguejo (embora um pouco secas) com capim-santo e limão; suculenta lingüiça de cordeiro com molho de pitanga; robalo com castanha-de-caju e ótimo vatapá; linguado com molho de limão e salada; e o creme brûlée de banana com sorvete de canela e shot de cachaça aromatizada.

Cotação: $$$ Avaliação:  

$ (até R$ 22); $$ (de R$ 22,01 a R$ 42); $$$ (de R$ 42,01 a R$ 62); $$$$ (acima de R$ 62). Avaliação: excelente    ; ótimo   ; bom  ; regular (sem estrela); ruim