São Paulo, sexta, 6 de fevereiro de 1998

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RESTAURANTE CRÍTICA
Sushikoy, correto, ainda é opção rápida e simples

JOSIMAR MELO
especial para a Folha

O começo foi bem discreto. O restaurante Sushikoy nem começou como restaurante. Hoje são dois, em dois endereços no mesmo bairro, em Moema. Mas ainda hoje são lugares bem despojados, quase acanhados. Convenientes, porém, para se apreciar os preparados de peixe cru que se tornaram uma mania paulistana.
O primeiro Sushikoy nasceu em 1991, no mesmo endereço onde ainda funciona, na rua Sabiá, 488. Mas naquela época já tinha algo a dizer. Sua fundadora, Helena Ugadin, 51, sócia do marido Gilberto Ugadin, 57, havia sido dona do restaurante Nanako.
Seu primeiro restaurante cresceu. Cansada da rotina febril típica do metier, ela vendeu a casa em 1989. Dois anos longe da atividade foram o suficiente para fazê-la voltar ao trabalho com a comida japonesa, que sempre a cativou.
Nasceu assim o Sushikoy. Apenas uma mercearia de produtos japoneses. Logo, porém, estava fazendo sushis para viagem, servindo precariamente no balcão, abastecendo festas dos conhecidos.
Ato precário
Cada vez mais gente queria comer ali mesmo, e com o tempo a pequena mercearia foi virando restaurante; até que se expandiu para a filial aberta em 96.
Comer no Sushikoy, mesmo na filial que é um pouco mais ampla, continua sendo um ato relativamente precário. Quem fica no balcão, frente a frente com o sushiman, pode naturalmente dispensar a existência de garçons -mas, se quiser bebida, tem que se levantar para buscar nas geladeiras (inclusive o saquê, vendido em garrafas de diversos tamanhos). Quem está nas mesas também tem que se servir da bebida, embora possa contar com o auxílio da garçonete para receber a comida.
Há pratos quentes tradicionais, da indispensável sopa de misso a massas (como yakissoba, o macarrão frito com carnes e legumes) e frituras como o tempura (empanado de camarão e legumes). Sobremesa, porém, nem pensar.
A vantagem é que, com todo esse despojamento, o Sushikoy é uma opção rápida e simples para os amantes dos sushis, que na filial são preparados corretamente (vide os fartos tekamakis) pelo filho da proprietária, Gilber, de 20 anos -discípulo desde os 15 dos ensinamentos da mãe.



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