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Crítica
Pop e nervoso, disco é o mais coeso do grupo
BRUNO YUTAKA SAITO
DA REPORTAGEM LOCAL
Sim sim sim, o novo
disco do Yeah Yeah
Yeahs tem sintetizadores, mas, não não não,
"It's Blitz!" não é um disco
eletrônico para as pistas.
O álbum é, antes, reflexo
do espírito de época, de
grupos como Franz Ferdinand ou TV on the Radio,
que embaralham conceitos dos gêneros e da vanguarda. O que "It's Blitz!"
faz, e bem, é unir as diferentes facetas do YYY.
A verve roqueira, desafiadora, continua existindo, agora apenas em outra
roupagem, que remete aos
clássicos do punk, da new
wave e do tecnopop
("Heads Will Roll", lembra
"Blue Monday", do New
Order; e "Dragon Queen"
parece "Rapture", do
Blondie). É o disco mais
coerente do YYY.
A sonoridade é complemento nervoso ao vocal
poderoso de Karen O, 30.
Ao intercalar momentos
de fúria "sintetizada" com
baladas de letras metafóricas sobre ex-amantes, Karen se insere definitivamente na galeria das grandes e inesquecíveis mulheres do rock.
Avaliação: bom
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