São Paulo, sábado, 06 de maio de 2006 |
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"Existe a intenção de fazer cantar a periferia da periferia da periferia"
DA REDAÇÃO
Folha - Quando pensamos nas
mazelas do Rio, a imagem que nos
vem à cabeça é a dos morros, das
favelas dominadas pelo tráfico, da
miséria pendurada na paisagem da
zona sul. Sua canção "Subúrbio"
desloca nossa atenção para as costas das montanhas, onde o drama
social parece condenado ao esquecimento e ao silêncio. É como se a
própria miséria tivesse também a
sua periferia... Folha - Quando você se refere ao
subúrbio, não fala apenas da vida
inviável, da violência, da condenação ao esquecimento, mas de um
lugar que, para além disso, preserva tradições populares e formas de
arte como o samba-de-roda, as cabrochas e o próprio choro. Isso convive com o rap, o hip hop, o funk, o
rock. Enfim, há vários tempos históricos convivendo na canção. Folha - Você diz, entre sério e irônico, que "Carioca", o título do CD,
é uma homenagem a São Paulo,
pois era assim que lhe chamavam
os amigos paulistanos quando você vivia na cidade. Já foi mais fácil
ser carioca? Folha - Você não teme com esse
título reavivar ou ser vítima de velhos bairrismos? |
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