São Paulo, domingo, 06 de agosto de 2006

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Nas lojas

Animação
Príncipes e Princesas    
MICHEL OCELOT
Distribuidora:
Versátil; Quanto: R$ 45
O francês Michel Ocelot fez mais sucesso com seu longa anterior, "Kiriku e a Feiticeira" (1998), uma lenda senegalesa com tempero bem local sobre um menino que enfrenta uma bruxa devoradora de homens. Neste "Príncipes e Princesas", coletânea de contos protagonizada por um casal de jovens que se traveste de príncipe e princesa nas mais diferentes épocas (do Egito Antigo até um futurismo singelo nos anos 3000), o universal das fábulas infantis transborda em inigualáveis personagens formados com jogos de sombras. Sai da mesmice da animação com o talento já visto em "Kiriku" e com a simplicidade de uma brincadeira. Além da versão original, o DVD tem dublagem para o português com as vozes de Giulia Gam, Ernesto Piccolo e Othon Bastos, cenas deletadas e biografia breve do diretor. (LÚCIA VALENTIM RODRIGUES)

Drama
Crianças Invisíveis   
VÁRIOS DIRETORES
Distribuidora:
Paris; Quanto: só para locação
Alguns dos mais importantes cineastas da atualidade (John Woo, Spike Lee, Emir Kusturica, Ridley Scott, entre outros) dirigem os sete segmentos deste longa-metragem multinacional de 2005 feito de encomenda para a Unicef. As intenções são as melhores: denunciar as diversas formas de violência contra a criança. Vemos meninos guerrilheiros (no episódio africano, de Mehdi Charef), a filha soropositiva de uma casal de drogados (no segmento do americano Spike Lee), o filho de ciganos obrigado pelo pai a roubar etc. Mas a intenção edificante torna tudo óbvio e melodramático, com exceção da vibrante narrativa de Kátia Lund em "Bilu e João", sobre meninos catadores de sucata em São Paulo. (JOSÉ GERALDO COUTO)

Drama
Impulsividade   
MIKE MILLS
Distribuidora:
Sony; Quanto: só para locação
Acostumado à linguagem dos videoclipes -de Pulp a Moby- e do design gráfico, Mills debuta na direção de longas com este drama indie baseado em livro autobiográfico de Walter Kirn. "Impulsividade" registra o cotidiano sem maiores emoções de um adolescente numa cidadezinha americana. Seu maior distúrbio será a tentativa de abandonar o hábito de chupar o dedo -uma busca pela normalidade, pelo enquadramento na sociedade. Mesmo que recorra a críticas pouco pungentes sobre a competitividade dos EUA, "Impulsividade" mantém o interesse por mostrar a banalidade e o nada com ritmo. O ator Lou Taylor Pucci foi premiado no Festival de Berlin e Sundance. Nos extras, making of e uma longa conversa entre o escritor e o diretor. (BRUNO YUTAKA SAITO)

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