São Paulo, domingo, 06 de novembro de 2005

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COLEÇÃO FOLHA

Compositor tcheco tem três composições regidas pelo maestro Paavo Järvi, em ascensão no cenário musical

Volume se dedica a folclore de sinfonias de Dvorák

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Coleção Folha de Música Clássica traz, na semana que vem, uma estrela ascendente no cenário mundial da regência. O maestro norte-americano de origem estoniana Paavo Järvi, 43, rege a Royal Philharmonic Orchestra em um disco completamente dedicado ao compositor tcheco Antonín Dvorák (1841-1904).
Järvi já esteve no Brasil em 1998, regendo a excelente Philharmonia Orchestra, de Londres, no Cultura Artística, em programa que destacava a "Sinfonia nš 4" de Mahler. Titular da Sinfônica de Cincinnati (EUA), ele assume, a partir da temporada 2005/2006, a direção da Sinfônica da Rádio de Frankfurt (Alemanha).
Paavo começou estudando percussão e regência em sua cidade natal, Tallinn, até se mudar com o pai, o também maestro Neeme Järvi, em 1980, para os EUA, onde foi aluno de Leonard Bernstein. Sua expressiva carreira fonográfica inclui um Grammy, ganho em 2003 por seu registro de cantatas de Sibelius pela Virgin Classics.
Na Coleção Folha de Música Clássica, ele dirige composições de Antonín Dvorák (pronuncia-se "dvórjak"), o principal autor tcheco do século 19, que empregou com grande êxito elementos folclóricos de sua terra natal em sua música sinfônica.
Dvorák é o autor de concertos para piano, violino e violoncelo, óperas, música de câmera e nove sinfonias. A última e mais popular delas é conhecida como "Do Novo Mundo", por ter sido composta na América.
Ele já era um compositor consagrado quando foi convidado pela mecenas Jeanette Thurber para residir nos EUA, em 1892, para transformar o Conservatório Nacional de Nova York numa instituição de ensino musical do nível do Conservatório de Paris.
Durante os três anos que ficou no país, Dvorák interessou-se por expressar algo da música nativa de índios e negros norte-americanos em suas criações, e é esse esforço que se vê refletido na "Sinfonia nš 9 - Do Novo Mundo".
Desde então, tem-se discutido muito sobre o que há de realmente norte-americano e o que há de tcheco na sinfonia. A popularidade da obra, contudo, parece seguir bem acima de tais querelas, como mostra sua utilização nos funerais da princesa Diana, no Reino Unido, ou em filmes como "A Estrada do Paraíso" (Austrália/EUA, 1997, de Bruce Bersford, com Glenn Close e Cate Blanchett) e "Sabrina" (EUA, 1995, de Sidney Pollack, com Harrison Ford e Julia Ormond).

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