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Jerry Seinfeld e Ricky Gervais mostram novas produções
"The Marriage Ref" discute, com piadas, problemas de casais reais; já o criador de "The Office" está em animação que faz mesa-redonda com bobagens
LÚCIA VALENTIM RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL
Jerry Seinfeld está de volta.
"Bronzeado, descansado, pronto", diz o âncora Tom Papa, durante a introdução de "The
Marriage Ref" (algo como o juiz
do casamento), que estreou na
NBC no domingo passado.
Após "Seinfeld", que terminou há 12 anos, o comediante
de 56 anos não tinha feito mais
nada para a TV -afora algumas
participações eventuais. Esta é
sua nova grande aposta.
O programa se propõe a ser
um "reality show cômico", em
que três "conselheiros" são
convidados para ajudar a resolver um impasse de um longevo
e bem-sucedido casal. "Vamos
proporcionar o que eles sempre
quiseram: um vencedor da briga", anuncia Papa, que detém a
palavra final da questão.
E brinca: "É um sistema perfeito? Nem perto disso, mas pelo menos a discussão acaba, e
alguém ganha um prêmio". A
intenção não é solucionar as
brigas, mas fazer do debate dos
casos algo engraçado.
No primeiro episódio, a bancada foi formada pelo ator Alec
Baldwin ("30 Rock"), Jerry
Seinfeld, que também assina a
produção-executiva, e a apresentadora e atriz Kelly Ripa.
Eles discutiram -ou melhor,
zombaram- sobre dois problemas conjugais. Casados há 14
anos, Kevin e Danielle divergem sobre o que fazer com o
amado cachorro do marido,
morto recentemente e empalhado em seguida.
No outro tema da noite, Greg
e Dianah se conheceram há nove anos, quando ela dançou em
cima da mesa dele num bar.
Hoje, ele quer colocar um mastro de striptease na sala. Ao que
ela responde: "Nem pensar!".
A controvérsia vai, então, ser
julgada pelos "especialistas".
Obviamente, não levam o tema
a sério, criticam as escolhas dos
casais e são politicamente incorretos. O clima é de comédia
stand-up, com o público presente se manifestando.
O problema é que muitas vezes parece que eles estão se divertindo mais fazendo do que
quem está assistindo a série.
Exibido após o final dos Jogos de Inverno de Vancouver,
teve uma boa audiência, de 14,5
milhões de pessoas (ainda não
há previsão para o Brasil).
Mas a crítica teve reações diversas, entre detestar o seriado
e se interessar pelo que está por
vir. É que ao final do programa
foi apresentado um aperitivo
com futuros convidados. Integram a lista Madonna, Larry
David ("Seinfeld", "Segura a
Onda"), Tina Fey ("30 Rock") e
Eva Longoria ("Desperate
Housewives"). É um "dream
team" da terapia de casais.
Desenho animado
Completando a lista de jurados está Ricky Gervais, que
também lançou uma série nos
EUA, no último dia 19. O criador de "The Office" montou
uma animação a partir do podcast que fazia para o site do jornal inglês "Guardian".
Ele se transforma em personagem de desenho animado e
entra no estúdio com seu codiretor Stephen Merchant e o
produtor Karl Pilkington para
debater temas ridículos (os
aviões foram uma invenção
inútil, assim como o iPod).
Pilkington, aliás, funciona
como saco de pancadas. Não
aleatoriamente. O produtor é
mestre em falar essas besteiras
sem pé nem cabeça. Seus amigos tiram sarro e interrompem
suas histórias a todo momento.
Pode-se ver trechos em
www.rickygervais.com/hboanimation.php e a estreia
está marcada para 23 de abril
no Reino Unido. Ainda não foi
anunciada sua vinda ao Brasil,
mas Miguel Oliva, vice-presidente de relações públicas da
HBO Latin America, disse que
o padrão é só anunciar uma novidade com três meses de antecedência. Como a série de Gervais acabou de estrear nos
EUA, ainda está distante a possibilidade de entrar aqui.
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