São Paulo, segunda-feira, 07 de maio de 2007

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Garnier redime Skol Beats depois de estréia fraca

DJ francês é destaque da segunda noite do evento, fazendo set com faixas tecno, New Order e em duo com DJ Marky

Primeira noite do festival decepciona, com escalação fraca e cancelamentos; segunda noite tem 25 mil e Murphy no encerramento

DA REPORTAGEM LOCAL

Auto-apelidado "dinossauro" da música eletrônica, Laurent Garnier mostrou estar longe da extinção. Foi de responsabilidade do francês os principais momentos do Skol Beats, ocorrido nas noites de sexta e de sábado em São Paulo.
Aos 41 anos, Garnier comandou com animação o povo que lotava uma das tendas da segunda noite do festival. Por três horas, o DJ tocou faixas antigas e novas de tecno, minimal, New Order e até a disco "You Make Me Feel", de Sylvester.
Depois, quando o dia já amanhecia, foi à outra tenda, a dedicada ao drum'n'bass, para fazer um set memorável a quatro mãos com Marky.
Mesmo "dinossauro", o francês, esperto, acabou incorporando em seu set elementos do minimalismo e do electro-rock, dois gêneros que muitos dos DJs mais jovens tocam.
Garnier comandou o segundo dia de Skol Beats, que recebeu público de 25 mil pessoas, segundo os organizadores.
A noite de sábado mostrou-se bem mais popular do que a de sexta, que havia recebido 14,6 mil pessoas.
Do ponto de vista artístico, o evento, na sexta, foi decepcionante. Apenas três, entre 24 nomes, saíram-se bem. O inglês Nathan Fake, com um set cheio de barulhos hipnóticos; o brasileiro Gui Boratto, que mostrou faixas do CD "Chromophobia"; e o americano Q-Bert, exímio manipulador de toca-discos.
Para piorar a situação, uma das atrações mais aguardadas, a dupla canadense MSTRKRFT (pronuncia-se "masterkraft') não conseguiu levantar vôo em Buenos Aires, devido ao mau tempo, e não tocou no evento. Outro que não deu as caras foi o irlandês Donnacha Costello, por problemas de saúde.
Na sexta, ocorreu um dos momentos mais infelizes do evento. O trio brasileiro Life Is a Loop convidou Rogério Flausino, do Jota Quest, para fazer os vocais da última música do set. E ele cantou "Pro Dia Nascer Feliz" sob base eletrônica.
Na segunda noite, nenhum DJ deu o cano. As duas tendas e o palco tiveram bom público.
Com atrações como os brasileiros Marky e Patife e internacionais como Fabio & Grooverider e Friction, a tenda de drum'n'bass esteve bem movimentada. Já na tenda de tecno, além do set de Garnier, destacaram-se o paulista Renato Cohen e os alemães M.A.N.D.Y.
O palco principal foi uma verdadeira salada. Teve o grupo performático Cuban Brothers, em que, sob música latina, disco e funk, três cantores/dançarinos fazem piruetas e dançam breaks. Os curitibanos Bonde do Rolê animaram o público do início da noite com uma apresentação bem-humorada.
O DJ set dos americanos Crystal Method estendeu-se além do previsto e, assim, as apresentações sofreram atraso. Com o sol nascendo, os ingleses Simian Mobile Disco brincaram com o rock e o electro. E o brasileiro Murphy, que iria tocar às 8h, subiu ao palco só às 9h, para encerrar a festa. (SILAS MARTÍ, THIAGO NEY E WILLIAN VIEIRA)


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