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Garnier redime Skol Beats depois de estréia fraca
DJ francês é destaque da segunda noite do evento, fazendo set com faixas tecno, New Order e em duo com DJ Marky
Primeira noite do festival decepciona, com escalação fraca e cancelamentos; segunda noite tem 25 mil e Murphy no encerramento
DA REPORTAGEM LOCAL
Auto-apelidado "dinossauro" da música eletrônica, Laurent Garnier mostrou estar
longe da extinção. Foi de responsabilidade do francês os
principais momentos do Skol
Beats, ocorrido nas noites de
sexta e de sábado em São Paulo.
Aos 41 anos, Garnier comandou com animação o povo que
lotava uma das tendas da segunda noite do festival. Por três
horas, o DJ tocou faixas antigas
e novas de tecno, minimal, New
Order e até a disco "You Make
Me Feel", de Sylvester.
Depois, quando o dia já amanhecia, foi à outra tenda, a dedicada ao drum'n'bass, para fazer
um set memorável a quatro
mãos com Marky.
Mesmo "dinossauro", o francês, esperto, acabou incorporando em seu set elementos do
minimalismo e do electro-rock,
dois gêneros que muitos dos
DJs mais jovens tocam.
Garnier comandou o segundo dia de Skol Beats, que recebeu público de 25 mil pessoas,
segundo os organizadores.
A noite de sábado mostrou-se bem mais popular do que a
de sexta, que havia recebido
14,6 mil pessoas.
Do ponto de vista artístico, o
evento, na sexta, foi decepcionante. Apenas três, entre 24
nomes, saíram-se bem. O inglês
Nathan Fake, com um set cheio
de barulhos hipnóticos; o brasileiro Gui Boratto, que mostrou
faixas do CD "Chromophobia";
e o americano Q-Bert, exímio
manipulador de toca-discos.
Para piorar a situação, uma
das atrações mais aguardadas, a
dupla canadense MSTRKRFT
(pronuncia-se "masterkraft')
não conseguiu levantar vôo em
Buenos Aires, devido ao mau
tempo, e não tocou no evento.
Outro que não deu as caras foi o
irlandês Donnacha Costello,
por problemas de saúde.
Na sexta, ocorreu um dos
momentos mais infelizes do
evento. O trio brasileiro Life Is
a Loop convidou Rogério Flausino, do Jota Quest, para fazer
os vocais da última música do
set. E ele cantou "Pro Dia Nascer Feliz" sob base eletrônica.
Na segunda noite, nenhum
DJ deu o cano. As duas tendas e
o palco tiveram bom público.
Com atrações como os brasileiros Marky e Patife e internacionais como Fabio & Grooverider e Friction, a tenda de
drum'n'bass esteve bem movimentada. Já na tenda de tecno,
além do set de Garnier, destacaram-se o paulista Renato Cohen e os alemães M.A.N.D.Y.
O palco principal foi uma
verdadeira salada. Teve o grupo
performático Cuban Brothers,
em que, sob música latina, disco e funk, três cantores/dançarinos fazem piruetas e dançam
breaks. Os curitibanos Bonde
do Rolê animaram o público do
início da noite com uma apresentação bem-humorada.
O DJ set dos americanos
Crystal Method estendeu-se
além do previsto e, assim, as
apresentações sofreram atraso.
Com o sol nascendo, os ingleses
Simian Mobile Disco brincaram com o rock e o electro. E o
brasileiro Murphy, que iria tocar às 8h, subiu ao palco só às
9h, para encerrar a festa.
(SILAS MARTÍ, THIAGO NEY E WILLIAN VIEIRA)
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