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COLEÇÃO
Caixa reforça o Bronson vingador
MARIO GIOIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os quatro filmes da "Coleção
Charles Bronson", descolados da famosa série estrelada pelo
ator, "Desejo de Matar", servem
para atestar o porquê de Bronson
(1921-2003) ter virado sinônimo
do vingador individualista.
É algo que dialoga com o espírito belicista da era Reagan, nos
anos 80, nos quais o personagem
Paul Kersey, protagonista dos cinco filmes de "Desejo...", teve seu
maior êxito, antes de trogloditas
mais atléticos o destronarem, como Chuck Norris e asseclas.
Nessa linha, com mínimas variações, entram "O Vingador"
(1986), "Mensageiro da Morte"
(1988) e "Kinjite - Desejos Proibidos" (1989), todos na coleção lançada pela Fox. De J. Lee Thompson, são facilmente olvidáveis.
Já "Desafiando o Assassino"
(1974), assinado por Richard
Fleischer ("Tora! Tora! Tora!") e
roteirizado por Elmore Leonard,
foge de tal esquema e acaba sendo
o destaque da compilação. Surgem afiados diálogos, construídos
com precisão por Leonard, também simpático aos personagens à
margem.
Vincent Majestyk (Bronson) só
quer tocar os 65 hectares de sua
plantação de melancias. Simpático aos mexicanos ilegais, contrata-os para a lida, mas dá de cara
com um grupo sob ordens de um
norte-americano branco intragável. O conflito é inevitável.
Já preso, se desentende com o
matador profissional Frank Renda (Al Lettieri), que jura vingança
contra o plantador. Começa uma
disputa na qual o poder paralelo
- personificado por Frank-
utiliza mil sortilégios para destruir Majestyk. E apenas reagindo
com senso coletivo -ausente nos
outros três filmes- o fazendeiro
consegue virar o jogo.
Coleção Charles Bronson
Lançamento: Fox
Quanto: R$ 70, em média (a caixa)
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