São Paulo, sábado, 07 de setembro de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FILMES

TV ABERTA

"O Ritmo da Vida" salva dia de filmes fracos


Dave, Presidente por um Dia
SBT, 14h30.

(Dave). EUA, 1993, 105 min. Direção: Ivan Reitman. Com Kevin Kline. Sósia é convocado a substituir o presidente dos EUA, que ficou doente. Dave começa a tomar gosto pela coisa.

Queridinhas
Rede TV!, 15h15.

(Little Darlings). EUA, 1980, 95 min. Direção: Ronald Maxwell. Com Tatum O'Neal. Adolescentes disputam para ver quem perde a virgindade primeiro.

Beowulf - O Guerreiro das Sombras
Globo, 23h25.

(Beowulf). EUA, 1999. Direção: Graham Baker. Com Christopher Lambert. Num futuro pós-apocalíptico, um guerreiro chega a uma fortaleza para exterminar monstro que controla o local. Inédito.

Questão de Pele
SBT, 0h30.

(The Affair). EUA, 1995, 105 min. Direção: Paul Seed. Com Courtney B. Vance. Durante a Segunda Guerra, soldado americano e negro apaixona-se por mulher branca e casada.

Obsessão Fatal
Bandeirantes,1h45.

(Illicit Dreams 2). EUA, 1996, 88 min. Direção: Roger Collins. Com Tim Abel. Fotógrafo viúvo inicia tórrido romance com dona de uma agência de modelos.

Zoot Suit
SBT, 1h35.

(Zoot Suit). EUA, 1981, 104 min. Direção: Luiz Valdez. Com Edward James Olmos. A história de um americano de origem mexicana acusado de assassinato.

Adoráveis Fantasmas
Globo, 3h10.

(Curtain Call). EUA, 1999. Direção: Peter Yates. Com James Spader. Fantasmas decidem dar uma de cupido. Inédito.

O Ritmo da Vida
SBT, 3h15.

(The Rhythm of Life). Inglaterra, 1997. Direção: Alan Benson. Documentário musical sobre o ritmo, com Stevie Wonder, Paul McCartney, Bee Gees. (INACIO ARAÚJO)

TV PAGA

"Celebridades" confunde realidade e ficção

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

"Celebridades" (amanhã, na Fox, 22h) foi rodado em preto-e-branco e talvez o mais intrigante do filme seja isso mesmo: a ausência de cores.
É isso o que tem de mais memorável esse trabalho de Woody Allen, onde uma série de esquetes nos conduz a flashes da vida de pessoas famosas, tendo como elo um jornalista (Kenneth Branagh).
Como Woody, Branagh tem fascinação pela sexualidade, e é em torno disso que gira boa parte do filme. Mas o subtexto é incômodo. Quando se faz menção à ex-mulher do jornalista, por exemplo, pensamos se o cineasta não estaria se referindo à própria ex-mulher, Mia Farrow.
Ficção e a realidade se cutucam todo o tempo: o que é invenção, o que é mensagem cifrada? O espectador sente certo incômodo. O incômodo faz parte da condição de espectador de cinema hoje em dia, mas é de duvidar que no caso ele seja especialmente interessante. As dúvidas que nos assolam são sempre superficiais e tendem a desviar o filme daquilo que poderia trazer de interessante, que é o mundo das celebridades.
Pode ser que tudo tenha começado com o cinema e a perscrutação da vida dos atores famosos pelas colunas de fofocas (daí, talvez, o uso do branco-e-preto, como evocação de uma época).
Mas isso tem pouco a ver com a forma como essas questões se colocam na atualidade, e o fato de Woody ter tido sua vida devassada (quando se separou de Mia Farrow) está possivelmente na origem deste filme e também de sua fragilidade: são coisas próximas e doloridas demais para permitir uma reflexão consequente a respeito. E, vamos convir, o divórcio de Woody é um caso de exposição indevida de intimidades.
A questão da mórbida curiosidade em torno de fraquezas ou transgressões de famosos (bem como de eventos felizes) fica intocada no filme.



Texto Anterior: Astrologia - Barbara Abramo
Próximo Texto: José Simão: Buemba! Dia da Pátria! Independência ao Norte!
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.