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FILMES
TV ABERTA
"O Ritmo da Vida" salva dia de filmes fracos
Dave, Presidente por um Dia
SBT, 14h30.
(Dave). EUA, 1993, 105 min. Direção: Ivan
Reitman. Com Kevin Kline. Sósia é
convocado a substituir o presidente dos
EUA, que ficou doente. Dave começa a
tomar gosto pela coisa.
Queridinhas
Rede TV!, 15h15.
(Little Darlings). EUA, 1980, 95 min.
Direção: Ronald Maxwell. Com Tatum
O'Neal. Adolescentes disputam para ver
quem perde a virgindade primeiro.
Beowulf - O Guerreiro das
Sombras
Globo, 23h25.
(Beowulf). EUA, 1999. Direção: Graham
Baker. Com Christopher Lambert. Num
futuro pós-apocalíptico, um guerreiro
chega a uma fortaleza para exterminar
monstro que controla o local. Inédito.
Questão de Pele
SBT, 0h30.
(The Affair). EUA, 1995, 105 min. Direção:
Paul Seed. Com Courtney B. Vance.
Durante a Segunda Guerra, soldado
americano e negro apaixona-se por
mulher branca e casada.
Obsessão Fatal
Bandeirantes,1h45.
(Illicit Dreams 2). EUA, 1996, 88 min.
Direção: Roger Collins. Com Tim Abel.
Fotógrafo viúvo inicia tórrido romance
com dona de uma agência de modelos.
Zoot Suit
SBT, 1h35.
(Zoot Suit). EUA, 1981, 104 min. Direção:
Luiz Valdez. Com Edward James Olmos. A
história de um americano de origem
mexicana acusado de assassinato.
Adoráveis Fantasmas
Globo, 3h10.
(Curtain Call). EUA, 1999. Direção: Peter
Yates. Com James Spader. Fantasmas
decidem dar uma de cupido. Inédito.
O Ritmo da Vida
SBT, 3h15.
(The Rhythm of Life). Inglaterra, 1997.
Direção: Alan Benson. Documentário
musical sobre o ritmo, com Stevie
Wonder, Paul McCartney, Bee Gees.
(INACIO ARAÚJO)
TV PAGA
"Celebridades" confunde realidade e ficção
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
"Celebridades" (amanhã, na
Fox, 22h) foi rodado em preto-e-branco e talvez o mais intrigante
do filme seja isso mesmo: a ausência de cores.
É isso o que tem de mais memorável esse trabalho de Woody
Allen, onde uma série de esquetes
nos conduz a flashes da vida de
pessoas famosas, tendo como elo
um jornalista (Kenneth Branagh).
Como Woody, Branagh tem
fascinação pela sexualidade, e é
em torno disso que gira boa parte
do filme. Mas o subtexto é incômodo. Quando se faz menção à
ex-mulher do jornalista, por
exemplo, pensamos se o cineasta
não estaria se referindo à própria
ex-mulher, Mia Farrow.
Ficção e a realidade se cutucam
todo o tempo: o que é invenção, o
que é mensagem cifrada? O espectador sente certo incômodo. O incômodo faz parte da condição de
espectador de cinema hoje em
dia, mas é de duvidar que no caso
ele seja especialmente interessante. As dúvidas que nos assolam
são sempre superficiais e tendem
a desviar o filme daquilo que poderia trazer de interessante, que é
o mundo das celebridades.
Pode ser que tudo tenha começado com o cinema e a perscrutação da vida dos atores famosos
pelas colunas de fofocas (daí, talvez, o uso do branco-e-preto, como evocação de uma época).
Mas isso tem pouco a ver com a
forma como essas questões se colocam na atualidade, e o fato de
Woody ter tido sua vida devassada (quando se separou de Mia
Farrow) está possivelmente na
origem deste filme e também de
sua fragilidade: são coisas próximas e doloridas demais para permitir uma reflexão consequente a
respeito. E, vamos convir, o divórcio de Woody é um caso de exposição indevida de intimidades.
A questão da mórbida curiosidade em torno de fraquezas ou
transgressões de famosos (bem
como de eventos felizes) fica intocada no filme.
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