São Paulo, domingo, 07 de outubro de 2007

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comentário

Tempo trouxe recompensas para Pfeiffer

CRÍTICO DA FOLHA

Com "Hairspray" e "Nunca É Tarde para Amar" em cartaz, é tempo de festa para os fãs de Michelle Pfeiffer, que se aproxima dos 50 anos como efusiva demonstração de que a idade, ao contrário do que sustenta a indústria da juventude, traz recompensas, e não só rugas.
Estrelas de Hollywood talvez não sejam os melhores exemplos para a defesa dessa tese, com o arsenal de cuidados à disposição -na remodelação do corpo, mas também em luzes, filtros e trucagens que contribuem para a fotogenia (estão aí Cher e Meg Ryan, no entanto, para lembrar efeitos reversos).
O esplendor de Pfeiffer, para reforçar o caráter atípico do seu caso, virou até tema científico quando o cirurgião plástico americano Stephen R. Marquardt propôs que a atração exercida por certos rostos obedece a proporções geométricas. Quem mais se aproxima, entre os terráqueos, do índice máximo obtido por seus cálculos? Michelle Pfeiffer.
O código da beleza, segundo Marquardt, poderia então ser traduzido como o "código Pfeiffer". No cinema, já se prestou a combinações bem-sucedidas com outros DNAs favoráveis à sedução das platéias, como os de Al Pacino (em "Scarface" e "Frankie & Johnny"), Rutger Hauer ("O Feitiço de Áquila"), Mel Gibson ("Conspiração Tequila") e Sean Connery ("A Casa da Rússia").
Seu plano de carreira, com a escolha de papéis apropriados à sua restrita formação dramática e adequados à idade, ajuda na manutenção do apelo. Aos 34, fazia sentido se expor como mulher-gato ("Batman - O Retorno"). Agora, tanto a megera de "Hairspray" quanto a produtora de TV de "Nunca é Tarde..." (que se envolve com um ator quase 20 anos mais novo) mesclam o charme de sempre com os anos que passam.
No início, em filmes como "Grease 2" e "Scarface", Pfeiffer era apenas um pedaço de mau caminho. O tempo fez dela muito mais do que só a Sra. Robinson (a coroa sedutora de "A Primeira Noite de Um Homem") dos anos 2000. (SÉRGIO RIZZO)


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