São Paulo, sexta-feira, 07 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros CRÍTICA TERROR "A Hora do Espanto" ganha refilmagem que não se leva a sério Despretensioso e divertido, filme de 1985 é lançado em 3D e tenta se adaptar ao gosto do público desta década ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA Você sabe que está velho quando um filme que viu no lançamento ganha uma refilmagem. Em 1985, "A Hora do Espanto" ("Fright Night") fez um sucesso danado, trazendo uma combinação nova para a época: terror com humor. No filme, um adolescente chamado Charley (William Ragsdale), fã de filmes de horror, descobre que seu vizinho Jerry (Chris Sarandon) é um vampiro. Para combater o morcegão, Charley pede ajuda a seu ídolo, um decadente ator de filmes de horror chamado Peter Vincent (óbvia homenagem a Peter Cushing e Vincent Price), interpretado com muito bom humor por Roddy McDowall. O filme original tinha tudo: ação, humor, um vampiro-galã (Sarandon) que agradou às adolescentes da época e uma gata (a sumida Amanda Bearse) no papel da namorada de Charley. O novo filme leva a história para Las Vegas e tem Colin Farrell ("Alexandre", "Miami Vice") como o vampiro, Anton Yelchin ("Alpha Dog") como o adolescente e Toni Colette ("Pequena Miss Sunshine") no papel da mãe. O tom é semelhante: humor com sustos. Ninguém aqui se leva muito a sério. Até Chris Sarandon, o vampiro original, faz uma ponta, numa cena divertida. A versão 2011 de "A Hora do Espanto" tenta se adaptar ao gosto do público atual, com uma violência mais pronunciada que o filme original, diálogos com citações à cultura pop e a temas atuais, como o "bullying". Ah, e tudo em 3D, claro. Some a isso uma classe cheia de alunas que parecem modelos e efeitos especiais de primeira. O resultado é um filme despretensioso e divertido. Talvez não tanto quanto o primeiro, mas, ainda assim, bem-humorado. A HORA DO ESPANTO DIREÇÃO Craig Gillespie PRODUÇÃO EUA/Índia, 2011 COM Anton Yelchin, Colin Farrell ONDE nos cines Internacional Guarulhos Cinemark, Espaço Unibanco Pompeia e circuito CLASSIFICAÇÃO 14 anos AVALIAÇÃO regular Texto Anterior: Festival do Rio tem mostra de horror e música Próximo Texto: Crítica/Comédia: Huppert brilha em produção frágil com roteiro esquemático Índice | Comunicar Erros

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