São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2008

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Última Moda

ALCINO LEITE NETO - ultima.moda@grupofolha.com.br

Valentino vê futuro nos países emergentes

De passagem pelo Rio, estilista diz que fará figurinos para balé e ópera

O estilista italiano Valentino Garavani, 75, aposta na importância dos países emergentes para o mercado fashion. Um pouco narcisista, o designer disse, em entrevista à Folha, que o fato de ele estar no Rio para acompanhar um evento de moda comprova o interesse mundial na produção fashion vinda de países em desenvolvimento, como o Brasil.
Valentino chegou à capital fluminense anteontem para acompanhar os desfiles do novo evento de moda alto verão Claro Rio Summer, comandado por Nizan Guanaes.
Ainda na noite de quarta-feira, seguido por um time de seguranças e por uma numerosa "entourage", Valentino roubou a cena no hotel Fasano, onde apareceu para assistir ao show de Caetano Veloso. A apresentação marcou a abertura do Rio Summer, que termina hoje.
Aposentado desde o início do ano, Valentino afirma que não perdeu sua verve fashionista.
"Eu respiro moda":

 

FOLHA - O que o sr. acha do Brasil e da moda brasileira?
VALENTINO GARAVANI
- Meu amor pelo Brasil vem de muito tempo. No meio dos anos 80, fiz uma coleção inspirada nas famosas baianas de Salvador. Também amo a comida brasileira. Vir ao Claro Rio Summer foi uma ótima oportunidade para rever esta cidade maravilhosa que é o Rio de Janeiro.

FOLHA - O sr. tem visitado muito o Rio. Pretende morar na cidade?
VALENTINO
- Seria uma boa idéia, mas não penso em me mudar para o Rio. Adoro a cidade, me sinto muito bem aqui e pretendo vir ao menos uma vez por ano. Porém, meus negócios na Europa não permitem que eu me mude para o Brasil. Tenho muito o que fazer por lá.

FOLHA - O sr. se despediu da carreira de estilista no início do ano. Está envolvido em algum novo projeto?
VALENTINO
- Mesmo longe da rotina do ateliê, eu respiro moda do momento em que acordo ao momento em que durmo. Atualmente, estou muito envolvido em projetos de criação de figurinos para espetáculos de balé e de ópera.

FOLHA - Qual é a importância dos países emergentes, como o Brasil, no mercado de moda?
VALENTINO
- O fato de eu ter vindo para o Brasil neste momento já responde à pergunta. Os países emergentes, tenho certeza, serão muito importantes para todo o mundo fashion.


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