São Paulo, sábado, 7 de novembro de 1998

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Jô fez sozinho seu "F. Gump'

da Reportagem Local

Para fazer "O Xangô...", Jô Soares trabalhou com uma equipe de pesquisadores. Em "O Homem Que Matou Getúlio Vargas", o "showman" fez toda a pesquisa histórica sozinho.
Nos dois livros a receita é a mesma. Entrelaçar ficção e realidade. Antes de fazer esse "bordado", Jô devorou mais de 80 livros que tratavam de temas tão diversos quanto gripe espanhola e a espiã Mata Hari.
Dimitri Korozec, protagonista de "O Homem...", assim como o desastrado Forrest Gump (filme de 1994 com Tom Hanks), tropeça em episódios reais durante toda a trama.
O ficcional Dimitri, por exemplo, no livro foi amante de Hari durante viagem no trem Orient Express, em 1914, e traz a gripe espanhola ao Brasil, em 1918.
Muito da pesquisa aparece como ficção. Há desde marcas verdadeiras de cigarro de 1936 (como Elite e Maxixe) quanto falsos personagens, como o anarquista Gérard Bouchedefeu (cuja fotografia, no livro, mostra o guitarrista Rubinho, do Quinteto Onze e Meia).
Jô não teme confundir os leitores com mistura entre ficção e realidade. "Quanto mais o que for ficção parecer real e vice-versa, mais me sinto gratificado", diz Jô. (CASSIANO MACHADO)



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