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"Os chatos falam muito", diz Boninho
DA REPORTAGEM LOCAL
Filho de Boni, o ex-todo-poderoso diretor da Globo,
J. B. de Oliveira, o Boninho,
44, tem a carreira dividida
em antes e depois dos "reality shows". Até colocar as
mãos nessa mina de ouro, tinha no currículo nada muito
além das novelinhas "Malhação" e "Caça Talentos" e
do infantil "TV Colosso".
Percebeu cedo a onda de
"realidade" na televisão, e
em 2000 levou ao ar "No Limite", com Zeca Camargo,
além de testar no "Faustão"
o quadro "No Sufoco", com
participantes confinados em
uma casa de vidro no parque
Villa-Lobos (SP). Com o comando de "Big Brother",
consagrou-se midas definitivamente. Abaixo, a entrevista concedida pelo diretor do
"reality" à Folha.
(LM)
Folha - O que muda em BB6?
J.B. de Oliveira, Boninho -
Sempre fazemos uma mudança grande na casa, é importante para a nova turma.
O quarto do líder agora é
uma grande suíte, com 50 m2
e hidromassagem exclusiva.
Folha - Por que o banheiro
desta vez ficará fora da casa?
Boninho - É apenas mais
uma forma de brincar com
os participantes. O Big Brother pode fazer tudo o que
quiser.
Folha - Os novos participantes seguem os perfis anteriores, com "vilões", "bonitões",
"patricinhas", "diferentes"?
Boninho - Quem dá esse rótulo é a imprensa e o público. Nunca repetimos perfis.
Folha - Quando fez o primeiro "BBB", imaginava chegar à
sexta edição?
Boninho - Nós procuramos
fazer sempre o melhor produto. O resultado é que estamos no sexto com tudo em
cima.
Folha - Na sexta edição, como faz para não se repetir?
Boninho - O programa é
feito no dia-a-dia. Observamos os participantes para
criar provas, festas e uma
edição diferenciada. Acho
que ainda temos muitas cartas para esse jogo.
Folha - Pelo visto, o "reality
show" veio para ficar, não?
Boninho - É mais um produto de TV. Passada a febre,
os melhores produtos tendem a permanecer.
Folha - O que acha dos que
criticam os "realities", dizem
que é "uma droga"?
Boninho - O "BBB" já não é
mais trash ou considerado
como, portanto, não é preciso mentir dizendo que não
se assiste ao programa.
O problema é que os chatos sempre falam muito.
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