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TELEVISÃO
Minissérie traz a vida de Chiquinha Gonzaga
Regina Duarte chega aos 87 anos
ANNA LEE
da Sucursal do Rio
"Chiquinha Gonzaga" -a
minissérie que estréia na Globo
terça-feira, às 22h40- é a saga
de uma mulher que abriu alas
para que outras brasileiras encontrassem seu caminho.
Assim o autor Lauro César
Muniz define a história da
compositora e maestrina Chiquinha Gonzaga (1847-1935),
numa referência a uma de suas
mais famosas composições, a
marchinha de carnaval "Ó
Abre Alas", que completa centenário este ano.
"Ela foi pioneira não só como
musicista e compositora, mas
como uma mulher que não se
dobrou ao jugo masculino",
disse Muniz, que depois de 22
anos volta a escrever para TV.
Chiquinha, idade já avançada, vai ao Teatro Municipal do
Rio assistir a uma homenagem
a ela. Lá, um grupo de teatro representa passagens de sua vida,
numa espécie de auto.
Assim começa a minissérie
que, segundo o diretor Jayme
Monjardim, "vai contar 80
anos de história do Brasil".
"A partir da homenagem a
Chiquinha, contamos sua saga.
O que se passa é a versão oficial,
até certo ponto mentirosa, camuflando seus gestos mais arrojados", conta Muniz.
A minissérie é dividida em
duas partes. Na primeira, Chiquinha Gonzaga, até os 30 anos
(1877), é representada por Gabriela Duarte -nessa fase será
mostrada a juventude da compositora. Faz um casamento a
contragosto com Jacinto (Marcelo Novaes) e tem três filhos.
Tempos depois de se separar,
une-se a João Batista de Carvalho (Carlos Alberto Ricceli),
com quem tem uma filha. A última união foi com João Batista
Fernandes Lage (Caio Blat e Fábio Junqueira), com quem viveu até morrer.
A segunda parte da história
(1877 a 1935) é representada
por Regina Duarte -foi nessa
época que Chiquinha Gonzaga
floresceu como compositora.
Para transformar Regina, 52,
numa velha de 87 anos, quando
ela recebe a homenagem no
Teatro Municipal, a produção
foi buscar em Hollywood o maquiador David Press, que utilizou um tipo de máscara de silicone para o envelhecimento.
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