São Paulo, domingo, 08 de fevereiro de 2004

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DALÍ

O "Diário de um Gênio", sobre o dia-a-dia do artista entre 1952 e 1963, é o único título que pode ganhar reedição no país

Artista centenário busca espaço no Brasil

Divulgação
Salvador Dalí, que é tema de comemorações no mundo, tem bibliografia esgotada no Brasil


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Só um dos livros de Salvador Dalí poderá ser reeditado no Brasil no seu centenário: "Diário de um Gênio", que a Paz e Terra planeja repor em outubro ou novembro. No diário, o pintor revela detalhes do seu dia-a-dia entre 1952 e 1963, para provar que um gênio não é igual aos outros homens. "Nada mais falso", assegura.
"As Confissões Inconfessáveis de Salvador Dalí", um de seus livros mais engraçados, está esgotado. "Vida Secreta" não foi publicado, assim como o romance "Rostos Ocultos". Outro livro fundamental, raro até em seu país, é inédito por aqui: "50 Segredos Mágicos de Pintura".
A coordenadora das festividades oficiais (www.dali2004.org), Montse Aguer, conta que as exposições planejadas para comemorar o centenário, que viajarão a Madri, Flórida e Roterdã, não têm data para aportar aqui. São mais de 15 eventos, como "Dalí: Cultura de Massas", aberta quarta em Barcelona, e a de Veneza, a maior, em setembro. Ou "Uma Vida de Livro", que mostrará, em outubro, na Biblioteca da Catalunha, a relação de Dalí com a literatura.
O pintor também foi ilustrador, como de "A Divina Comédia", de Dante, e de "Dom Quixote", de Miguel de Cervantes, cujos desenhos serão exibidos em novembro, no Museu Dalí de Figueras. O "Quixote" de Dalí, de 1945, com 43 ilustrações foi republicado na Espanha pela editora Planeta no final de 2003 em edição com menos de mil exemplares e ao preço de 3.600 (cerca de R$ 13 mil).
Para o Brasil, deve vir a exposição "Dalí 100 Anos", inaugurada quinta em Buenos Aires, com parte da coleção de Eric Sabater, secretário de Dalí entre 1968 e 1980. A data ainda não está definida.
Outra boa notícia é a indicação para o Oscar de melhor curta de animação para "Destino", colaboração do catalão com Walt Disney em 1946, finalizado para o centenário. Dalí, que adorava ensinar seus seguidores a conquistar a América e "arrombar os cofres-fortes made in USA", adoraria a estatueta. (CYNARA MENEZES)


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