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Sorin cede lugar a anônimos
da Reportagem Local
"Le Regardeur", a videoinstalação que Pierrick Sorin pretende exibir na próxima Bienal
de São Paulo, vai marcar uma
ruptura na carreira do artista
francês. Será o primeiro trabalho em que ele não é o protagonista.
Sorin quer apresentar um vídeo inédito que consiste em
um conjunto de retratos de
pessoas retrabalhados e misturados em computador.
"É um tipo de colagem em
que os olhos e as bocas são
maiores que seus tamanhos
naturais e se movimentam.
Eles vão ficar olhando o que se
passa ao redor e falando com
os frequentadores da Bienal.
Vou fazer cerca de 40 retratos e
pretendo, se for possível, colocá-los em diversos lugares do
prédio da Bienal", disse Pierrick Sorin em entrevista exclusiva à Folha.
O artista vem ao Brasil na
primeira semana de maio para
checar a viabilidade do projeto.
Se o trabalho não ficar pronto a
tempo ou satisfatório, poderá
ser substituído por uma pequena retrospectiva. "Não
acredito que será um problema, pois as pessoas não conhecem meu trabalho no Brasil",
disse Sorin.
Sorin trabalha com o lado cômico e bizarro presente nos repetitivos atos da vida cotidiana. Suas principais influências
vêm das comédias "slapstick"
(bengala) de Charles Chaplin e
Buster Keaton.
(CF)
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