São Paulo, quarta, 8 de abril de 1998

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Sorin cede lugar a anônimos

da Reportagem Local

"Le Regardeur", a videoinstalação que Pierrick Sorin pretende exibir na próxima Bienal de São Paulo, vai marcar uma ruptura na carreira do artista francês. Será o primeiro trabalho em que ele não é o protagonista.
Sorin quer apresentar um vídeo inédito que consiste em um conjunto de retratos de pessoas retrabalhados e misturados em computador.
"É um tipo de colagem em que os olhos e as bocas são maiores que seus tamanhos naturais e se movimentam. Eles vão ficar olhando o que se passa ao redor e falando com os frequentadores da Bienal. Vou fazer cerca de 40 retratos e pretendo, se for possível, colocá-los em diversos lugares do prédio da Bienal", disse Pierrick Sorin em entrevista exclusiva à Folha.
O artista vem ao Brasil na primeira semana de maio para checar a viabilidade do projeto. Se o trabalho não ficar pronto a tempo ou satisfatório, poderá ser substituído por uma pequena retrospectiva. "Não acredito que será um problema, pois as pessoas não conhecem meu trabalho no Brasil", disse Sorin.
Sorin trabalha com o lado cômico e bizarro presente nos repetitivos atos da vida cotidiana. Suas principais influências vêm das comédias "slapstick" (bengala) de Charles Chaplin e Buster Keaton. (CF)


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