São Paulo, sexta-feira, 08 de julho de 2005

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"Estamira" vence Festival de Marselha

AMIR LABAKI
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS, DE MARSELHA

O documentário brasileiro "Estamira", de Marcos Prado, sagrou-se anteontem como o grande vencedor da mostra competitiva internacional do 16º Festival Internacional de Documentários de Marselha, no sul da França.
O filme acumulou o prêmio de melhor filme pelo júri internacional e o prêmio de melhor filme de pesquisa de linguagem.
Premiado no ano passado no Festival do Rio e na Mostra Internacional de São Paulo, o longa acompanha por quatro anos os altos e baixos de uma sexagenária, que enfrenta problemas psicológicos e desafios da miséria no Rio de Janeiro de hoje.
"Estamira" está sendo exibido nesta semana também dentro do ciclo de documentários brasileiros contemporâneos do festival Paris Cinéma.
Não se limitou a "Estamira" a participação brasileira em Marselha, o segundo festival francês mais importante para a produção não-ficcional, iniciado no último dia 1º e encerrado ontem.
O cineasta Eduardo Coutinho ("Cabra Marcado para Morrer") participou do júri internacional e exibiu seu mais recente filme, "Peões" (2004), sobre a vida sindical do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A mostra especial "Abertura, le Cinema de Louverture (1965-1984)", com curadoria do crítico Jean-Claude Bernardet, destacou ainda uma série de quatro documentários que se complementam na formação de um retrato da trajetória de Lula, da migração do Nordeste para São Paulo nos anos 1960 à liderança do movimento operário no ABC dos anos 1970-1980.
O triunfo de "Estamira" confirma a boa fase internacional do documentário brasileiro. No ano passado, "Justiça", de Maria Augusta Ramos, venceu dois festivais internacionais de peso, Nyon (Suíça) e Taipei.
Já "O Prisioneiro da Grade de Ferro" valeu a Paulo Sacramento o prêmio de melhor diretor estreante no festival Tribeca, em Nova York (EUA).


O jornalista Amir Labaki viajou a Marselha a convite do festival e do Ministério da Cultura do Brasil.

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