CRÍTICO DA FOLHA

A intensa febre de restaurantes japoneses baratos, como os rodízios que se proliferaram por anos e depois também as temakerias, vem arrefecendo. Já são tantos hoje em dia que menos gente se aventura a investir nesse terreno marcado.
Como consequência dessa saturação, abrem menos casas com esse perfil, e elas são mais precavidas. O Hanoo parece um bom exemplo.
Sem ser especialmente excitante, é uma dessas casas que procuram atrair pelos bons preços, mas de forma cautelosa para não serem apenas um rodízio a mais.
Aberto em Moema no início de abril, serve, sim, seu rodízio sem muitas novidades, sem grande variedade de peixes e com itens quentes que podem ser corretos (embora com seus deslizes). Mas, além de servir os sushis e sashimis, oferece combinados e pratos quentes.
O cardápio foi concebido pelos proprietários, amantes da culinária japonesa, ao lado do sushiman Leo Senna (ex-Yabany), 27, e do chef José Lucas (ex-Kayomix), 35.
O rodízio tem 19 itens e sai por R$ 35,90. Os combinados ficam mais em conta -os maiores podem chegar a R$ 128,50, mas nesse caso dão para seis pessoas.
Nas outras seções, há também opções de bom preço: os tempuras, como os teppans e as massas, ficam sempre numa faixa até R$ 30.
Há finalmente uma oferta de pratos quentes de fusão, com ares ocidentais, como espaguete com frutos do mar, risoto de camarão ou filé com molho de shiitake, em torno de R$ 25.
(JOSIMAR MELO)