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Crítica
Van Sant leva Kidman ao 1º time das atrizes
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Antes de "Um Sonho sem Limites" (A&E, 22h), Nicole
Kidman era uma garota com
jeito pra coisa, chegada da Austrália, e já demonstrava esse
apelo de estrela que algumas
poucas pessoas têm. Mas foi
aqui, trabalhando com Gus van
Sant, que tudo ficou absolutamente claro: ela podia ir muito
longe mesmo.
De lá para cá, passaram-se 11
anos e sabemos que ela se tornou uma das principais atrizes
de Hollywood. Aqui, ela faz
uma garota disposta a abrir caminho a bala para vencer, nacionalmente, como apresentadora de TV.
Van Sant faz um trabalho de
nível, como quase sempre, mas
pode-se fazer uma ressalva importante ao filme: ele observa o
fenômeno (da ambição) de modo um tanto genérico, como
inerente a qualquer atividade.
O que ele, de fato, é. Mas a imagem e o universo da imagem
talvez induzam ou acentuem
esse tipo de comportamento. O
meio está lá, mas é ilustrativo.
O que faz de "Um Sonho" um
filme menor que "A Malvada"
(ou mesmo "Showgirls").
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