São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Diretor do Lasar Segall quer aumentar o espaço

Jorge Schwartz tomou posse no museu no início do mês

SILAS MARTÍ
DA REPORTAGEM LOCAL

Ampliar o espaço expositivo, lançar o catálogo raisonné da obra de Lasar Segall e transformar o museu dedicado ao artista em centro de referência para o modernismo e o expressionismo são as metas do professor aposentado da USP Jorge Schwartz, que tomou posse como diretor do Museu Lasar Segall no início do mês.
Especialista em vanguardas latino-americanas e ex-diretor do sistema de bibliotecas da USP, ele substitui Denise Grinspum, que alegou motivos pessoais para deixar o cargo.
A transição, noticiada em abril pela Folha, ocorreu num momento de desgaste entre funcionários e a direção do museu. O principal ponto de tensão era a decisão de transferir a Biblioteca Jenny Klabin Segall para a Funarte, que compraria a sede do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) para abrigá-la.
"Toda nova gestão implica mudança", disse Schwartz à Folha, em entrevista por e-mail. Ele se recusou a receber a reportagem e respondeu às perguntas com auxílio da assessoria de imprensa.
Schwartz acha que podem ser transferidos cerca de 500 metros cúbicos de materiais da biblioteca. "Ainda não foi feita a triagem do que ficará, mas fica tudo aquilo que tem a ver com a antiga biblioteca."
Quanto à ampliação do espaço expositivo, passo seguinte à transferência de parte da biblioteca para a Funarte, Schwartz diz que o projeto "está no início", mas que "os diversos setores do museu já têm uma avaliação dos espaços necessários para serem ocupados". O novo diretor não comenta, no entanto, o futuro da biblioteca fora do museu e diz que cabe à Funarte responder questões a respeito -a estimativa é que a mudança para o TBC, que ainda deve ser comprado, pode levar até dois anos.
Schwartz diz ter ainda como metas lançar o catálogo raisonné de Lasar Segall e transformar o museu num centro de referência para o estudo do modernismo e do expressionismo, além de firmar convênios com outras instituições do gênero.
"Considero um desafio poder desenvolver um centro de referência de acordo com o espírito do museu: expressionismo, modernismo e vanguardas históricas", diz Schwartz, que pretende montar assim uma "biblioteca temática".
As próximas exposições também refletem o foco mais restrito do museu em torno do período em que viveu Lasar Segall e a vertente artística que representou. "O perfil expositivo se restringirá à primeira metade do século 20", diz Schwartz.
Estão previstas para março uma exposição sobre a relação de Segall com Oswald de Andrade e Pagu e outra com obras da fotógrafa alemã Grete Stern. "Não pretendo descaracterizar o museu."


Texto Anterior: Crítica/Artes: Varejão e Salcedo ganham pavilhões "opostos"
Próximo Texto: Miúcha canta com Tom, João e Vinicius em CD
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.