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Diretor do Lasar Segall quer aumentar o espaço
Jorge Schwartz tomou posse no museu no início do mês
SILAS MARTÍ
DA REPORTAGEM LOCAL
Ampliar o espaço expositivo,
lançar o catálogo raisonné da
obra de Lasar Segall e transformar o museu dedicado ao artista em centro de referência para
o modernismo e o expressionismo são as metas do professor aposentado da USP Jorge
Schwartz, que tomou posse como diretor do Museu Lasar Segall no início do mês.
Especialista em vanguardas
latino-americanas e ex-diretor
do sistema de bibliotecas da
USP, ele substitui Denise
Grinspum, que alegou motivos
pessoais para deixar o cargo.
A transição, noticiada em
abril pela Folha, ocorreu num
momento de desgaste entre
funcionários e a direção do museu. O principal ponto de tensão era a decisão de transferir a
Biblioteca Jenny Klabin Segall
para a Funarte, que compraria
a sede do Teatro Brasileiro de
Comédia (TBC) para abrigá-la.
"Toda nova gestão implica
mudança", disse Schwartz à
Folha, em entrevista por e-mail. Ele se recusou a receber a
reportagem e respondeu às
perguntas com auxílio da assessoria de imprensa.
Schwartz acha que podem
ser transferidos cerca de 500
metros cúbicos de materiais da
biblioteca. "Ainda não foi feita
a triagem do que ficará, mas fica tudo aquilo que tem a ver
com a antiga biblioteca."
Quanto à ampliação do espaço expositivo, passo seguinte à
transferência de parte da biblioteca para a Funarte,
Schwartz diz que o projeto "está no início", mas que "os diversos setores do museu já têm
uma avaliação dos espaços necessários para serem ocupados". O novo diretor não comenta, no entanto, o futuro da
biblioteca fora do museu e diz
que cabe à Funarte responder
questões a respeito -a estimativa é que a mudança para o
TBC, que ainda deve ser comprado, pode levar até dois anos.
Schwartz diz ter ainda como
metas lançar o catálogo raisonné de Lasar Segall e transformar o museu num centro de referência para o estudo do modernismo e do expressionismo,
além de firmar convênios com
outras instituições do gênero.
"Considero um desafio poder desenvolver um centro de
referência de acordo com o espírito do museu: expressionismo, modernismo e vanguardas
históricas", diz Schwartz, que
pretende montar assim uma
"biblioteca temática".
As próximas exposições também refletem o foco mais restrito do museu em torno do período em que viveu Lasar Segall
e a vertente artística que representou. "O perfil expositivo se
restringirá à primeira metade
do século 20", diz Schwartz.
Estão previstas para março
uma exposição sobre a relação
de Segall com Oswald de Andrade e Pagu e outra com obras
da fotógrafa alemã Grete Stern.
"Não pretendo descaracterizar
o museu."
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