COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Além de ter uma carreira internacional fulgurante, a maga argentina do piano Martha Argerich, 66, periodicamente incentiva e impulsiona a ascensão de novos nomes de seu instrumento. Um deles está se apresentando em São Paulo neste mês.
Trata-se de Sergio Tiempo, um menino-prodígio que nasceu na Venezuela, em 1972, mas tem passaporte argentino.
A educação musical começou com a mãe, aos três anos de idade. Aos quatro, ele já estava aparecendo na televisão argentina e, aos sete, se apresentando em Londres e no Festival Menton, na França.
O grande acontecimento foi a estréia em uma das salas com a melhor acústica do planeta, o Concertgbebouw de Amsterdã, aos 14 anos de idade. A gravação do recital foi lançada em disco e, graças não apenas ao aconselhamento de Argerich, mas também de Nelson Freire, a carreira internacional decolou.
Tiempo já teve parcerias não apenas com a irmã, a também pianista Karin Lechner, mas também fez um duo com o violoncelista Mischa Maisky e participou de aparições ao lado de regentes do porte de Claudio Abbado, Charles Dutoit e Gustavo Dudamel.
Com discos gravados por selos de prestígio como EMI e Deutsche Grammophon, ele mostra em São Paulo um programa variado, começando com a "Sonata nº 50" de Haydn, seguida pela terceira sonata de Chopin.
Em seguida, vem seu cavalo-de-batalha: "Gaspard de la Nuit", de Ravel. O argentino conclui o recital com duas obras de Liszt, a "Consolação nº 3" e a "Valsa Mefisto". (IFP)