|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Peça volta mais melancólica, diz protagonista
DA REDAÇÃO
"A Vida É Cheia de Som e
Fúria" conseguiu trazer de volta à frente do palco gente que
"havia abandonado o teatro
com a lancheira", com as excursões às peças infantis e as representações das festinhas de
fim de ano no colégio. Essa é a
opinião de Guilherme Weber,
28, o "adultescente" em crise
Rob Fleming, que se dedica a
fazer listas sobre as melhores
ou piores coisas que vivencia.
O texto, inspirado no romance "Alta Fidelidade", do inglês
Nick Hornby, de fato abarrotou de desacostumados a montagens teatrais os lugares das
platéias paulistanas por onde
passou: o Sesc Anchieta e o
Teatro Popular do Sesi. Antes
de retornar à cidade, em 2003,
rodou por Curitiba e Porto Alegre, entre outros lugares.
Boa parte de seu sucesso, em
2000 e 2001, além do boca a boca, deveu-se às referências pop,
representadas por projeções de
imagens e um som que abarcava Nirvana e The Smiths.
Como novidade da encenação que reestréia, há a presença
dos atores Mauricio Vogue e
Rachel Ripani, que desempenham os papéis de Maira Weber e Caio Marques, e algumas
alterações nas inserções musicais que se espalham por cerca
de três horas de espetáculo.
"Saíram Cornelius, Macy Gray,
entraram mais David Gray,
Zombies, Bob Dylan, REM",
afirma Guilherme Weber.
Ele conta que chegou mais
perto da idade de sua personagem, 36, que refletiu e que tem
dela uma dimensão mais "melancólica". "Senti que a minha
maturidade trouxe melancolia
à construção de Rob. Tanto
que vejo hoje a peça muito menos vinculada à música pop e
muito mais vinculada à idéia de
memória", declara.
"A Vida É Cheia de Som e Fúria" mostra uma história exibida por filme que tem o mesmo
nome do livro, com John Cusack como o dono da loja de
discos (no caso, Rob Gordon).
Não é raro ouvir que o espetáculo é melhor do que a película.
Texto Anterior: Teatro: Subsolo da memória Próximo Texto: Mônica Bergamo Índice
|