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MÚSICA
O DJ inglês Luke Solomon se apresenta hoje no D-Edge, um dos clubes recém-abertos na cidade
Em São Paulo, novas pistas eletrônicas se espalham pela noite
DA REDAÇÃO
A house music ganha a partir de
hoje ótimo aliado para se estabelecer como um dos mais fortes gêneros da música eletrônica na noite paulistana. Desembarca na
cidade, para tocar no clube D-Edge, o DJ Luke Solomon, 33.
Além de DJ e produtor, esse inglês é sócio do selo Classic Music,
um dos três mais influentes do gênero no mundo. Seu parceiro na
gravadora é o veterano Derrick
Carter, de Chicago.
Solomon é o primeiro artista da
Classic a tocar na associação entre
a gravadora e o D-Edge. A cada
dois meses, um DJ do selo tocará
no clube paulistano, nas noites de
sexta, dedicadas à house.
"Tento tocar house music que
tenha uma atitude punk rock ",
brinca Solomon, por telefone, da
Bélgica, onde tocou anteontem.
"Na verdade, é house com suas
variantes, deep, underground..."
Cita influências: Prince, anos 80,
Todd Terry (lendário DJ e produtor nova-iorquino que esteve no
Brasil no ano passado). São músicas que pontuam os sets e as produções de Solomon e que, segundo ele, de certa forma é o que está
direcionando atualmente a house
music na Europa.
"A house já está ficando velha.
Na Inglaterra, é um gênero que
está ficando muito comercial, então acho que até por isso as pessoas estão se voltando mais para o
lado underground da house, para
o que era no passado."
Novos clubes
Aberto no mês passado, o D-Edge lidera o aparecimento de uma
série de novas casas de música
eletrônica na capital paulista.
"Queríamos fazer um clube em
que se destacassem a iluminação
e, principalmente, a qualidade sonora. Um lugar sofisticado, mas
que não deixasse de ser underground", diz Renato Ratier, 31, DJ
e proprietário do clube.
Além da house, às sextas, com
residência de Ratier, Marcos Morcerf e Pareto, o D-Edge tem noites
de tecno (quintas e sábados), rock
(segundas), drum'n'bass (domingos) e trance (terças). "A idéia é a
de não ser um clube segmentado,
de ter um público maior."
A house music, underground
ou não, está presente nas pistas de
outros clubes "novatos" de São
Paulo. No enorme Blood (capacidade: 1.500), o gênero divide os
pick-ups com o trance às sextas-feiras, com os DJs Jason Bralli,
Marcos Z e Magal, entre outros.
Itaim e Vila Olímpia são os bairros preferidos daqueles que procuram, além da dance music mais
comercial, que toca bastante nas
rádios da cidade, lugares confortáveis, com decoração requintada, e mais convencionais. É o caso
do Lucky, que terá a residência do
DJ de house Anderson Soares, do
Liquid Lounge, um loft com pé direito altíssimo, e do Studio Six.
Este último utiliza seus três estúdios fotográficos como chamariz de público. "Temos uma parceria com uma agência de modelos, então a frequência de pessoas
bonitas é muito grande. E a decoração é toda em branco, clean, diferente da maioria dos outros locais da cidade", diz um dos sócio
do Studio Six, Carlos Cerqueira
Cesar, 30. Para esse público, o
som do clube vai da black music à
house e ao trance.
(THIAGO NEY)
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