São Paulo, quarta-feira, 09 de junho de 2004

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OUTRO LADO

"Não somos somente números", diz presidente da Padre Anchieta

DA REDAÇÃO

O presidente executivo da Fundação Padre Anchieta, Jorge da Cunha Lima, diz que sugestões da Booz Allen poderão ser eventualmente acatadas.
"Tenho que respeitar o trabalho. Vou analisar isso tudo, dentro do planejamento estratégico traçado pelo conselho curador, mas não como uma coisa vinda de inspiração divina", afirma.
O estudo da Booz Allen propõe uma reorganização e cortes de pessoal e de custos que reduziriam os gastos com jornalismo e programação, respectivamente, em 48% e 32%, resultando em economia de R$ 26 milhões.
Lima, no entanto, afirma que já foram efetuados cortes de gastos e demissões no ano passado. "Já foi feita uma grande economia."
O presidente reclama do caráter "financista" do dossiê de Julieda Pereira Paes. "Não somos somente números a serem produzidos e analisados. Temos conteúdo, e em nenhum momento esse fato é analisado no relatório."
Lima contesta o pequeno peso dado à defasagem tecnológica da Cultura. "A questão da despesa passa pela tecnologia. A gente trabalha com mais pessoal por causa da tecnologia ruim", diz.
Segundo ele, a Cultura precisa investir R$ 75 milhões em digitalização e em transmissores.
Sobre os gastos com "Galera" superiores aos da concorrência, Lima afirma que isso ocorreu devido a experimentações. "Foi a primeira experiência de pura dramaturgia, de linguagem."
Já o "prejuízo" de R$ 50 milhões em 2003, diz, é meramente contábil. "Ninguém descobriu dívida nenhuma. Todas as provisões estavam em notas nos balanços."


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