São Paulo, quarta-feira, 09 de junho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Picassos Falsos quebram jejum de 16 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Quem nunca andou muito preocupado com crédito é Humberto Effe, 39, líder da banda underground carioca Picassos Falsos. O grupo lançou entre 87 e 88 dois discos obscuros para o grande público, mas até hoje influentes pelo hibridismo que promoveram entre rock e samba.
Effe continuou underground após a dissolução dos Picassos Falsos, que hoje voltam na formação original com o álbum (independente, é claro) "Novo Mundo", confirmação daquela crença antiga de que batuque dá, sim, liga com guitarra.
"A volta foi tranqüila, a banda só existe porque temos completa liberdade. Construímos isso", afirma Effe, que também contesta o próprio pioneirismo: "Acho engraçado quando dizem que unimos a tradição com o pop. Isso sempre aconteceu na música brasileira".
"Não conservo sentimento de injustiça, de jeito nenhum. Foi escolha, risco", decreta, após contar que trabalhou em livraria e loja de eletrodomésticos nos anos 90. "Quando se faz música popular, a princípio não se precisa abrir concessão. Noel fez o que queria e sua música é conhecida até hoje", opina. Mas sabe que Noel morreu aos 26 anos, sem mal conhecer o sucesso que faria. (PAS)


NOVO MUNDO. Álbum dos Picassos Falsos. Lançamento: Psicotrônica. Quanto: R$ 30, em média.


Texto Anterior: Música: Paulo Ricardo busca crédito no PR.5
Próximo Texto: Marcelo Coelho: O mundo das jabuticabas
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.