|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Picassos Falsos quebram jejum de 16 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem nunca andou muito
preocupado com crédito é
Humberto Effe, 39, líder da
banda underground carioca
Picassos Falsos. O grupo lançou entre 87 e 88 dois discos
obscuros para o grande público, mas até hoje influentes pelo
hibridismo que promoveram
entre rock e samba.
Effe continuou underground
após a dissolução dos Picassos
Falsos, que hoje voltam na formação original com o álbum
(independente, é claro) "Novo
Mundo", confirmação daquela
crença antiga de que batuque
dá, sim, liga com guitarra.
"A volta foi tranqüila, a banda só existe porque temos completa liberdade. Construímos
isso", afirma Effe, que também
contesta o próprio pioneirismo: "Acho engraçado quando
dizem que unimos a tradição
com o pop. Isso sempre aconteceu na música brasileira".
"Não conservo sentimento
de injustiça, de jeito nenhum.
Foi escolha, risco", decreta,
após contar que trabalhou em
livraria e loja de eletrodomésticos nos anos 90. "Quando se
faz música popular, a princípio
não se precisa abrir concessão.
Noel fez o que queria e sua música é conhecida até hoje", opina. Mas sabe que Noel morreu
aos 26 anos, sem mal conhecer
o sucesso que faria.
(PAS)
NOVO MUNDO. Álbum dos Picassos
Falsos. Lançamento: Psicotrônica.
Quanto: R$ 30, em média.
Texto Anterior: Música: Paulo Ricardo busca crédito no PR.5 Próximo Texto: Marcelo Coelho: O mundo das jabuticabas Índice
|