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Modelos têm histórias semelhantes
DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO
Recentemente, o jornal
inglês "The Independent"
definiu Gisele Bündchen
como "a maior estrela da
história da moda". É um
feito para a moça "envergonhada e acanhada" que
os colegas de escola chamavam de Olivia Palito.
A história dela não é tão
diferente da de Carol Ribeiro, que não se achava
bonita e usava camisa
comprida de homem para
esconder o traseiro. "Eu
não tinha bunda!", diz.
Essas histórias são contadas em "Top Models"
pelas próprias modelos. As
narrativas reverberam
umas nas outras, mostrando como suas carreiras
têm praticamente o mesmo início. Um dia, depois
de muitas decepções, o
destino premia uma delas
-que é alçada ao estrelato.
Antes disso, tinham de
contar os tostões. Shirley
Malmann conta que chegou a São Paulo sem dinheiro e que dependia do
vale da agência para comer. Gisele diz que virou
especialista nas linhas de
metrô e ônibus da capital.
Na seleção para os desfiles,
o "casting", padeceram
horrores. Luciana Curtis
diz que, aos 14, ouvia críticas ferinas ao seu corpo.
Carol Ribeiro cansou de
ser chamada de "dentuça".
"Top Models" tem uma
narrativa linear e simples,
próxima da linguagem televisiva -com direito a banalidades. Um certo tom
edificante pontua a narrativa, como se o diretor
pensasse nas milhares de
garotas que sonham em
ser modelos. A pesquisa
documental poderia ter sido mais ambiciosa, mas o
longa tem o mérito de
abrir um caminho para a
moda no cinema nacional.
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