São Paulo, terça-feira, 09 de junho de 2009

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Modelos têm histórias semelhantes

DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO

Recentemente, o jornal inglês "The Independent" definiu Gisele Bündchen como "a maior estrela da história da moda". É um feito para a moça "envergonhada e acanhada" que os colegas de escola chamavam de Olivia Palito.
A história dela não é tão diferente da de Carol Ribeiro, que não se achava bonita e usava camisa comprida de homem para esconder o traseiro. "Eu não tinha bunda!", diz.
Essas histórias são contadas em "Top Models" pelas próprias modelos. As narrativas reverberam umas nas outras, mostrando como suas carreiras têm praticamente o mesmo início. Um dia, depois de muitas decepções, o destino premia uma delas -que é alçada ao estrelato.
Antes disso, tinham de contar os tostões. Shirley Malmann conta que chegou a São Paulo sem dinheiro e que dependia do vale da agência para comer. Gisele diz que virou especialista nas linhas de metrô e ônibus da capital. Na seleção para os desfiles, o "casting", padeceram horrores. Luciana Curtis diz que, aos 14, ouvia críticas ferinas ao seu corpo. Carol Ribeiro cansou de ser chamada de "dentuça".
"Top Models" tem uma narrativa linear e simples, próxima da linguagem televisiva -com direito a banalidades. Um certo tom edificante pontua a narrativa, como se o diretor pensasse nas milhares de garotas que sonham em ser modelos. A pesquisa documental poderia ter sido mais ambiciosa, mas o longa tem o mérito de abrir um caminho para a moda no cinema nacional.


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